O governo brasileiro vai ter que mudar o seu ministro das Relações Exteriores, o trumpista Ernesto Araújo, se quiser melhorar sua relação com as maiores potências mundiais: os EUA e a República Popular da China; dois países contra os quais esse chanceler desferiu muitos impropérios, como colocar sob suspeita a vitória do democrata Joe Biden e atacar em várias oportunidades o governo chinês de práticas, as mais absurdas.
O Brasil sob outros governos, sempre teve uma boa proximidade com a República Popular da China, mas, essa relação ficou estremecida por causa dos vários ataques feitos pelo ministro Ernesto Araújo nos últimos dois anos contra os nossos maiores parceiros comerciais.
Embora o governo brasileiro não declare, mas, a liberação de insumos para a produção de vacinas da CoronaVac e da Oxford no Brasil, passa no presente momento por um impasse diplomático. Um impasse que só se reverterá com um pedido formal de desculpas e a promessa de mudança do governo brasileiro com relação ao governo chinês.
O Brasil, um país dependente da venda de commodities e que tem como os seus maiores compradores das suas matérias primas os EUA e a China, não pode se arvorar de país independente, uma condição que até mesmo esses dois motores da economia não tem, porque hoje nós vivemos numa economia globalizada que, por conseguinte, uma economia interdependente. Interdependência que quer dizer que todos nós precisamos um do outro para fazer quase tudo nesse mundo.
O presidente Bolsonaro influenciado pelo seu guru, o filósofo Olavo de Carvalho e se julgando amigo do agora ex-presidente Donald Trump, em determinado momento optou por se alinhar automaticamente com o seu ídolo e comprar uma briga absurda com a República Popular da China. Aqui cabe uma observação: um alinhamento automático com Trump e não com a nação norte-americana.
Com a vitória de Joe Biden, o Brasil deve se preparar para sofrer retaliações de um governo cuja eleição foi colocada sob suspeita por Bolsonaro e esse ato inconsequente do presidente brasileiro terá graves consequências.
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