Maria de Lourdes Argollo Oliver
, mais conhecida pelo nome artístico Dilu Melo, (Viana, 25 de setembro de 1913 — Rio de Janeiro, 24 de abril de 2000) foi uma cantora, compositora, instrumentista e folclorista brasileira.
Precoce, começou a estudar música e violino aos cinco anos de idade. Aos nove anos, iniciou seu aprendizado de violão com sua mãe D. Nenê e de piano com a professora Elizéne D'Ambrósio. Aos 10 anos, compôs sua primeira obra, uma valsinha intitulada "Heloísa", em homenagem à sua irmã mais nova.
Em 1958, gravou de Altamiro Carrilho e Armando Nunes, o xote "Nos velhos tempos". Por influência de Antenógenes Silva, começou a tocar acordeão recebendo da imprensa a denominação de "Rainha do Acordeão. Autora de mais de cem músicas. Entre seus intérpretes estão Ademilde Fonseca, Amália Rodrigues, Carmen Costa, Nara Leão, Fagner, Clara Nunes, Marlene e Dóris Monteiro. Wikipédia
Dilu Melo gravou entre 1938 e 1958. Vinte anos, porém, pouquíssimos discos. Foi idolatrada nos anos 40 como uma das mais inspiradas compositoras, sendo regravada por nomes como Nara Leão, Inezita Barroso, Fagner, Clara Nunes e até a fadista imortal Amália Rodrigues. Nesta compilação, reunimos 4 das melhores interpretações, não deixando de lado a mais famosa de suas obras: "Fiz a Cama na Varanda". (Site Tratore)
Dicionário Cravo Albin
Começou a estudar música e violino aos cinco anos de idade. Aos nove anos, iniciou seu aprendizado de violão com sua mãe D. Nenê e de piano com Elizéne D'Ambrósio. Lecionou dicção, impostação, danças folclóricas e história da música. Escreveu peças (...)
Dados Artísticos
Aos 10 anos, compôs sua primeira obra, uma valsinha. Com 13 anos tirou diploma no Conservatório de Música de Porto Alegre, recebendo medalha de ouro pela impressionante técnica demonstrada em tão pouca idade. Na mesma época, realizou concerto no Teatro Colon, na Argentina, juntamente com o também precoce pianista Angelito Martinez. Recebeu um prêmio (...)
Biografia de Dilu Melo
Maria de Lourdes Argolo (Dilú Mello), nasceu em Viana(MA), no dia 25 de setembro de 1911. Aos cinco anos de idade iniciou seus estudos de violino, ainda na cidade natal, com o maestro Miguel Dias. Em 1922 mudou-se com a família para o Rio Grande do Sul e já no ano seguinte, aos doze anos, fez um concerto no famoso Teatro Colon de Buenos Aires, acompanhada pelo pianista também precoce, Angelito Martinez. Como prêmio do governo argentino, os dois receberam patrocínio para uma série de apresentações por diversas cidades daquele país. Três anos depois, em 1925, concluiu o curso de violino no Conservatório de Porto Alegre, conquistando uma medalha de ouro pela impressionante técnica adquirida. Transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1936, aos 25 anos, onde se formou em canto lírico. No Teatro Municipal, participou das montagens das óperas La Bohème, Um Ballo in Maschera e Vida de Jesus, mas, cativada pelas canções dos tropeiros gaúchos, decidiu abandonar sua formação clássica para dedicar-se inteiramente às músicas regionais. Abraçando a música popular, com o nome artístico de Dilú Mello, não demorou a chamar a atenção do Maestro Martinez Grau que a levou para a Rádio Cruzeiro do Sul, surgindo daí o convite para cantar em São Paulo e gravar o primeiro disco com duas músicas de sua autoria: “Engenho D’água” e “Coco Babaçu.” Influenciada por Antenógenes Silva, comprou um acordeom e passou a apresentar-se na então famosa Rádio Nacional do Rio de Janeiro, conquistando fama em todo o país. Por ser a primeira mulher a apresentar-se, em público, tocando tal instrumento, recebeu da imprensa da época o título de “Rainha do Acordeom”. Sempre acompanhada do acordeom, Dilú percorreu o Brasil de ponta a ponta. Países como o Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai e Peru também se renderam aos seus talentos. Na década de 1950, apresentou-se pelo continente europeu, recebendo veemente elogios da imprensa italiana e portuguesa. Multi-instrumentista, além do acordeom e do violino, Dilú tocava piano, gaita, harpa paraguaia, violão e viola caipira. Autora de 104 canções, teve suas músicas gravadas por grandes intérpretes, como Ademilde Fonseca, Carmem Costa, Carlos Galhardo, Cantores de Ébano, Dóris Monteiro, Marlene, Nara Leão, Clara Nunes, Marinês e sua gente, Zé Ramalho e tantos outros. Entre suas composições mais famosas destacam-se: Fiz a cama na varanda, Saudades do Maranhão, Meu Cariri, Qual o valor da sanfona, Redinha de algodão, Conceição da praia, Meu barraco, Telegrama, Maravia, Candelabro, As coisas erradas do mundo, Meia-canha, entre outras. Apaixonada pelas crianças, Dilú dedicou parte de seus talentos artísticos à infância brasileira, gravando discos com fábulas e historinhas ou escrevendo peças de teatro voltadas exclusivamente para o público infantil. Entre tais peças, encenadas por diversas temporadas nos teatros cariocas, figuram: O baile das tartaruguinhas, O bigurrilho e a princesinha de ouro, Cada criança é uma canção, Uma festa no céu, Festival de palhaços, O sapo dourado (opereta infantil) etc. Dilú Mello faleceu no Rio de Janeiro, aos 88 anos de idade, no dia 26 de abril de 2000. Seus restos mortais encontram-se sepultados no Cemitério do Catumbi. por Luiz Alexandre Raposo
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