Renato Bayma Archer da Silva, mais conhecido como Renato Archer (São Luís, 10 de julho de 1922 — São Paulo, 20 de junho de 1996), foi um militar, cientista, diplomata e político brasileiro. Ocupou o terceiro mais alto cargo na hierarquia (subsecretário) do Ministério das Relações Exteriores do Brasil[1][2], foi Ministro da Previdência Social e foi o primeiro Ministro da Ciência e Tecnologia da história do Brasil.
O último longo depoimento dado por Renato Archer (1922-1996), cuidadosamente editado por Alvaro da Rocha Filho e João Carlos Vitor Garcia, foi transformado em livro. Com apresentação de Aldo Rebelo. Duas cronologias, caderno de fotos e dezenove documentos inéditos completam o volume. Oficial de Marinha, deputado federal em várias legislaturas, integrante do conselho de governadores da Agência Internacional de Energia Atômica, subsecretário das Relações Exteriores durante o governo de João Goulart, secretário-geral da Frente Ampla contra o regime militar, preso político duas vezes, primeiro ministro brasileiro da Ciência e Tecnologia, ministro da Previdência e Assistência Social e presidente da Embratel.
Renato Archer teve destacada participação em todos os eventos relevantes da política brasileira entre as décadas de 1950 e 1990. Conviveu com Getúlio Vargas, Juscelino Kubistchek, João Goulart, Álvaro Alberto, Tancredo Neves, Ulysses Guimarães e outros atores decisivos da história contemporânea do Brasil. Archer foi o único político brasileiro cuja trajetória foi marcada, desde os primeiros momentos, pela atuação na área de ciência e tecnologia, articulando políticas e participando ativamente de sua administração institucional. Acompanhou passo a passo os esforços brasileiros para dominar a energia nuclear, desde a década de 1950.
Deputado federal pelo antigo PSD, obteve renome nacional ao denunciar as conspirações que liquidaram a política nuclear de Getúlio Vargas. Foi cassado e preso pelo regime militar. Na década de 1980, junto com um grupo de cientistas, lançou a campanha pela criação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), do qual foi o primeiro titular. Renato Archer: energia atômica, soberania e desenvolvimento recupera parte da trajetória recente do Brasil, com destaque para questões associadas à busca de autonomia tecnológica.
Em Campinas está sediado o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), que foi batizado em sua homenagem.
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