terça-feira, 27 de abril de 2021

Sintonia Fina

 

O voto do senador Ciro Nogueira (PP-PI) em Omar Aziz para presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 caiu como uma bomba no Palácio do Planalto, porque esse senador piauiense é um dos líderes do Centrão e um fiel aliado do presidente da república, Jair Messias Bolsonaro. Por que o assombro dos palacianos com esse voto surpreendente? Ocorre que o presidente da república usou de todos os meios para que a CPI da Covid-19 não fosse instalada, porque ela mira o coração de um governo combalido. Mas, os céticos com relação a esse posicionamento do senador Ciro Nogueira, veem no voto desse aliado de Bolsonaro, um enigma, algo incompreensível ou ambíguo.

Logo, nós saberemos o que está por trás desse voto que pela lógica foi contra o presidente Jair Messias Bolsonaro, que tem muito a perder com essa CPI se de fato ela for para valer. Se o Palácio do Planalto reagir republicanamente, ou seja, sem retaliar o senador Ciro Nogueira, é porque existe alguma coisa de muito estranha no voto de um admirador do presidente da república que em determinado momento se considerou o 05, o quinto filho do presidente, numa alusão aos filhos legítimos do presidente que são tratados por Bolsonaro como 01, 02, 03 e 04.

Um aliado de Lula na CPI

A escolha do senador Renan Calheiros (MDB-AL) como relator da CPI da Covid-19, foi recebida no meio petista com euforia, porque trata-se de um fiel aliado de Lula da Silva que após o STF ter lhe devolvido os direitos políticos está apto a disputar qualquer cargo eletivo, inclusive de candidatar-se à presidência da república.

Acabou a lua de mel entre Bolsonaro e Rodrigo Pacheco

Segundo o site o Antagonista, o senador Flávio Bolsonaro e o presidente do Senado trocaram farpas na manhã de hoje, através da rede mundial de computadores. Ocorre que Flávio Bolsonaro considera o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) um traidor, porque permitiu que a CPI da Covid-19 fosse instalada. Sucede que a família Bolsonaro acredita que a eleição do mineiro Rodrigo Pacheco se deveu ao apoio e ao interesse do presidente da república.

Nenhum comentário: