quarta-feira, 5 de maio de 2021

Sintonia Fina

 

O Brasil quase parou no dia de ontem (4) para acompanhar a primeira sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 que recebeu para o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta para depor nessa CPI. Um depoimento com uma lucidez impressionante de parte do depoente que em nenhum momento perdeu a serenidade e deixou uma pergunta sem resposta. Luiz Henrique Mandetta, cuja imagem se fortalece junto à opinião pública brasileira pela sua enorme capacidade de falar de modo a que não só os técnicos na área de saúde e até um leigo entendam o que ela quis dizer, transmitir.

Como um dos presidenciáveis, o médico Luiz Henrique Mandetta será um páreo duro para os seus eventuais adversários pela facilidade como verbaliza e a sua enorme capacidade de convencimento pela maneira como argumenta. Dos nomes até aqui postos como sendo de prováveis candidatos à presidência da república, Luiz Henrique Mandetta no item convencimento pela palavra é imbatível.

 

Uma falsa alegria ou uma alegria egoísta

Não fique alegre ou se rejubile com a tua vacina, porque os outros irmãos nossos ainda não foram vacinados. A alegria provocada pela minha vacinação é egoísta, porque isso quer dizer que eu não me importo com o destino dos outros, com aqueles que ainda não foram vacinados. A minha alegria só faria sentido se todos os brasileiros já tivessem sido vacinados. A alegria motivada por uma vitória pessoal e individual, não é uma alegria sã, porque egoísta! Mesmo que todos sejam vacinados, não há motivos para júbilo, porque mesmo com o controle dessa pandemia, o Brasil conviverá ainda por muito tempo com um número assustador número de irmãos nossos que foram vencidos por essa doença infame. Até o presente momento, mais de 410 mil brasileiros já perderam suas vidas para a Covid-19. O momento é de muita dor, tristeza e sofrimento. Não temos o que comemorar e tampouco motivos para nos sentirmos alegres.

 

“A tempestade perfeita”

A expressão "tempestade perfeita" se refere à situação na qual um evento, em geral não favorável, é drasticamente agravado pela ocorrência de uma rara combinação de circunstâncias, transformando-se num desastre. Pois é exatamente isso o que acontece com o governo do presidente da república, Jair Messias Bolsonaro que está convivendo com uma sucessão de crises, sendo que cada uma delas carrega uma carga explosiva com alto poder de destruição. A crise sanitária, por exemplo, que como se não bastasse só a pandemia da Covid-19, passou a contar com um outro componente: A CPI da Covid-19 que assusta e está levando o terror para dentro do Palácio do Planalto.       

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