Essa história do governo brasileiro usar como argumento para justificar o desmatamento da Amazônia, o fato da Europa não ter sabido proteger essa região do desmatamento e da degradação ambiental é um argumento que não se sustenta, haja vista, o continente Europeu ter explorado e degradado o seu solo, quando ainda não existia uma consciência sobre a proteção do meio ambiente. O que só veio a acontecer recentemente. Lá atrás, esse continente era o mais densamente povoado e teve na agricultura o seu principal fator de desenvolvimento econômico e social.
O desmatamento da Amazônia não é uma preocupação só da comunidade europeia, mas mundial, com os países que formam essa comunidade, assumindo a liderança em defesa daquilo que eles consideram o pulmão do mundo, a Amazônia. Países como França, EUA, Reino Unido, Itália, Canadá e até a China estão na trincheira em defesa desse patrimônio mundial. Uma preocupação e defesa que se dá em função das graves alterações climáticas que aceleram o degelo das calotas polares, o aumento do aquecimento dos oceanos, da precipitação de chuvas muito acima da média anual, dos tufões etc.
A ministra da Transição Ecológica da França, Barbara Pompili, acaba de fazer um pedido para que o mundo reflita sobre como proteger de maneira conjunta a Floresta Amazônica e fez críticas diretas ao atual governo brasileiro.
"Pelas declarações públicas, vejo que o Brasil não está totalmente convencido da necessidade de participar desse trabalho coletivo", disse a titular da pasta, em entrevista à Agência EFE.
O presidente da França, Emmanuel Macron, e Jair Bolsonaro trocaram farpas em declarações sobre a Amazônia em 2019, em meio a uma onda de incêndios na região.
"Estamos diante da dificuldade de encontrar um equilíbrio entre a soberania de um país e ao mesmo tempo o fato desse país (Brasil) ter os cuidados com um bem global. A saúde da Floresta Amazônica tem impacto sobre a resto do mundo. Por isso é um ativo global", afirmou Pompili.
"E Bolsonaro debocha um pouco disso, dizendo 'se você quer que protejamos um patrimônio mundial, você tem que reconhecê-lo dessa forma e de alguma forma nos ajudar", acrescentou a ministra da Transição Ecológica da França.
Segundo Pompili, "é preciso pensar esse tema de uma forma conjunta, levando em conta que a Floresta Amazônica se trata de um patrimônio mundial e de como podemos protegê-lo todos juntos, em nível multilateral".
É preciso atentarmos para alguns pontos da fala dessa ministra francesa, como por exemplo, quando ela diz: “A Amazônia é um bem global, a Amazônia é um ativo global” e a Amazônia é um patrimônio mundial”. Um recado mais direto do que esse impossível. Por muito menos, o mundo já passou por duas grandes guerras mundiais.
Convém destacar que nessa luta pela preservação da Amazônia, estão reunidas as maiores potências mundiais econômica e militar. Países que reúnem os maiores arsenais de armas convencionais de última geração e atômicas.
No caso desses país que defendem a Amazônia e que entendem que a Amazônia é um bem global, um ativo global e um patrimônio global, resolverem intervir nesta região do planeta quem sairia em nossa defesa? Ninguém!
A propósito: um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual de Oregon nos Estados Unidos, publicou um estudo relatando a urgente necessidade da eliminação dos combustíveis fósseis como resposta às mudanças climáticas.
Para os pesquisadores dessa universidade, a morte dos recifes de corais, o aumento da temperatura dos oceanos, o degelo das calotas polares, as chuvas ácidas e a precipitação de chuvas em volumes anormais são mais do que evidentes da piora dos sinais vitais do planeta.
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