sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

O pensamento de Tomazia Arouche

 

Dentro de um tempo veloz

Os meus dias, meses e anos estão passando numa velocidade impressionante; e sem que eu possa detê-los. E quanto mais o tempo passa veloz, mais vai sendo reduzida à distância que me separa da minha tragédia anunciada: a minha morte.    

Sem que eu possa fugir do meu destino trágico, eu sigo como o gado que fica confinado no curral do abatedouro, aguardando o momento em que o meu carrasco invisível se aproximará traiçoeiramente de mim e selará a minha sorte definitiva.

Quando jovens, o tempo é como se não passasse, porque o futuro não passa de uma miragem, de uma quimera, de algo que não merece ser encarado com preocupação, porque ele não existe. O futuro só passa a nos interessar verdadeiramente, quando o nosso cabelo começa a rarear, os primeiros cabelos brancos começam a aparecer nas nossas têmporas e começamos a perder a luta contra a balança.     

Como não podemos fazer nada para mudar esse nosso destino inalterável, só resta relaxar e gozar o resto de vida que nos resta. Fazer o que?

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