Ontem, durante
todo o depoimento do governador Marconi Perillo na CPMI do Cachoeira, a palavra
mais ouvida foi ódio. Com os tucanos atribuindo ao ódio nutrido pelo ex-presidente
da república Luís Inácio Lula da Silva, contra esse governador tucano e o
empenho da tropa de choque de Lula em estabelecer ligações entre Marconi Perillo
e o grupo comandado pelo empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, mais conhecido
como Carlinhos Cachoeira. Um ódio motivado, segundo se comenta, pela ‘ousadia’
de Marconi Perillo em alertar o então presidente da república sobre a
existência do mensalão.
Quem também
demonstrou um ódio mortal contra o procurador-geral da república Roberto Gurgel,
o grupo Abril que edita a revista e o jornalista Policarpo júnior foi o senador
e ex-presidente da república Fernando Collor de Mello, o único presidente
brasileiro a sofrer um impeachment por denuncias de malfeitos no seu governo.
A propósito:
esse senhor Fernando Collor que se tivesse sido presidente da república de um país
sério estaria hoje amargando o limbo da história, não tem feito outra coisa na
CPIM do que usar o seu tempo para atacar o procurador, o grupo Abril e o jornalista
Policarpo Júnior.
Em TemPo: a vida de jornalista nas
republiquetas de banana vive o tempo todo correndo perigo. Há um mês e meio o
jornalista maranhense Décio de Sá foi assassinado num bar em São Luís e os seus
assassinos nunca foram e nunca serão presos.
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