Por: Da
redação com informações da Agência Brasil 10 de
A
Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou, nesta segunda-feira (10),
denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador Ciro Nogueira
(PP-PI) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com
a denúncia, o parlamentar recebeu R$ 7,3 milhões em “vantagens indevidas” da
construtora Odebrecht. A investigação é oriunda da Operação Lava Jato.
Segundo a
PGR, o valor é proveniente de doações eleitorais legais e ilegais que tiveram
origem no esquema de corrupção na Petrobras. “Em relação a Ciro Nogueira, as
provas reunidas revelaram o recebimento de propina de forma parcelada, entre
2014 e 2015, em Brasília e em São Paulo”, informou a procuradoria.
Na ação,
a PGR pede a condenação do senador e de um ex-assessor do PP pelos crimes,
além da devolução dos recursos desviados dos cofres públicos. No caso
de quatro ex-executivos da empreiteira que fizeram acordo de delação com a Lava
Jato e citaram os fatos contra o senador, a PGR pediu a aplicação dos
benefícios do acordo. Entre os delatores está o empresário Marcelo
Odebrecht.
O caso
será analisado pelo ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava
Jato no STF. Em seguida, a denúncia será julgada pela Segunda Turma do STF. A
data do julgamento ainda não foi definida.
Em nota,
a defesa do senador considerou “estranha” a apresentação da denúncia por
entender que o inquérito é baseado “unicamente em delações premiadas da
Odebrecht. “Todas as delações deverão ser analisadas em momento oportuno pelo
Supremo Tribunal Federal, que irá decidir sobre a validade, ou não, de algumas
delações”, declarou a defesa.
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