segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Pobre no Brasil é um sobrevivente. Pobre vive de teimoso!

 

Para resolvermos um problema, antes é preciso descobrir a sua causa ou as suas causas”. (Tomazia Arouche).

Em que pese a existência de alguns programas sociais que diminuem os efeitos da pobreza extrema no Brasil, a miséria e a pobreza extrema continuam aumentando. E aumentam, principalmente, porque este país não dispõe de políticas públicas que sejam capazes de atacar o principal vetor da miséria absoluta em nosso país: a explosão populacional.

Com a população brasileira dando salto no seu crescimento, a geração de emprego, a ampliação dos programas sociais e a criação de novos, acabam resultando inúteis, porque não acompanham o crescimento de uma população que cresce em proporção geométrica.

As estáticas do IBGE que apontam uma queda na natalidade brasileira, pelo visto, não são feitas com dados coletados nas periferias dos grandes centros urbanos e no interior do país, lá onde as famílias continuam crescendo sem nenhum controle de natalidade. Não há nenhum exagero em afirmar que esses dados são falsos ou não são rigorosamente pesquisados, porque não refletem uma realidade que salta aos olhos e que agride as consciências sensíveis.

No Brasil profundo e nos grotões as pessoas pobres sobrevivem com pouca ou sem nenhum tipo de assistência dos governos. Mesmo assim, elas continuam reproduzindo miséria, através do crescimento das proles. Nesse mundo apartado, quem tem alguma renda é um beneficiário do Bolsa Família, do Benefício de Programação Continuada (BPC) ou de uma aposentadoria rural. Benefícios que vivem sob ameaça permanente do atual governo.

A propósito, nesse Brasil esquecido, apartado e ignorado, as crianças fingem que se educam (aprendem) e os professores fingem que ensinam. Na zona rural por exemplo, o transporte escolar e a merenda escolar não acontecem todos os dias.

Desnecessário dizer que isso compromete o aprendizado das crianças que nascem e vivem num ambiente desfavorável. O desenvolvimento cognitivo é o mais comprometido quando a pessoa é subnutrida. Sem um controle efetivo de natalidade ou um planejamento familiar rígido, não tem como reduzir os índices de pobreza e a reprodução da miséria. 

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