sábado, 12 de março de 2022

Guerra desfaz laços culturais

 

Por  Teresa Bizarro

Os reflexos da guerra na Ucrânia vão além das fronteiras geográficas. As sanções econômicas são acompanhadas de uma espécie de sanções culturais. A Rússia pediu a devolução de 25 obras de arte que tinha emprestado para duas exposições já decorrida em Milão, este mês.

A "Jovem Mulher com o Chapéu de Pena", de Ticiano, está entre as peças que vão ser devolvidas -quase todas do Museu Hermitage.

A instituição, fundada no século XVIII, tem uma das maiores e mais representativas coleções de arte. Tem peças emprestadas às mais importantes congêneres de todo o mundo, mas aparentemente alterou as políticas de divulgação. Num comentário lacônico, datado de 10 de março, o museu declara que "em conformidade com os acordos alcançados e os acordos de exposição existentes, os artigos emprestados para exposições em vários países estão sendo gradualmente devolvidas ao museu". Na nota publicada no site oficial pode ainda ler-se que "nunca comentamos ou anunciamos pormenores sobre o movimento das exposições, a fim de garantir a sua segurança e proteção".

As preocupações da Unesco vão mais longe e prendem-se com a destruição de patrimônio. Lazare Eloundou, lembra que a cidade de Kiev está classificada como Património Mundial. O diretor da Unesco destaca aqui "dois conjuntos muito importantes: a Catedral de Santa Sofia e o complexo monástico de Lavra"; Dois locais que "são testemunho do nascimento da Igreja Ortodoxa Russa".

A Rússia faz parte da Unesco e Eloundou lança um apelo para a preservação das marcas patrimoniais históricas da Ucrânia. Com euronews

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