Por Teresa Bizarro
Os reflexos da guerra na Ucrânia vão além das fronteiras geográficas. As sanções econômicas são acompanhadas de uma espécie de sanções culturais. A Rússia pediu a devolução de 25 obras de arte que tinha emprestado para duas exposições já decorrida em Milão, este mês.
A "Jovem Mulher com o Chapéu de Pena", de Ticiano, está entre as peças que vão ser devolvidas -quase todas do Museu Hermitage.
A instituição, fundada no século XVIII, tem uma das maiores e mais representativas coleções de arte. Tem peças emprestadas às mais importantes congêneres de todo o mundo, mas aparentemente alterou as políticas de divulgação. Num comentário lacônico, datado de 10 de março, o museu declara que "em conformidade com os acordos alcançados e os acordos de exposição existentes, os artigos emprestados para exposições em vários países estão sendo gradualmente devolvidas ao museu". Na nota publicada no site oficial pode ainda ler-se que "nunca comentamos ou anunciamos pormenores sobre o movimento das exposições, a fim de garantir a sua segurança e proteção".
As preocupações da Unesco vão mais longe e prendem-se com a destruição de patrimônio. Lazare Eloundou, lembra que a cidade de Kiev está classificada como Património Mundial. O diretor da Unesco destaca aqui "dois conjuntos muito importantes: a Catedral de Santa Sofia e o complexo monástico de Lavra"; Dois locais que "são testemunho do nascimento da Igreja Ortodoxa Russa".
A Rússia faz parte da Unesco e Eloundou lança um apelo para a preservação das marcas patrimoniais históricas da Ucrânia. Com euronews
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