A primeira apresentação do Festival de Verão 2009 trouxe de volta as lembranças do velho rock n' roll dos anos 80. Foi assim durante as quase duas horas de show do Biquíni Cavadão. Uma atração especial para a abertura da noite desta quarta-feira que reuniu uma coletânea de hits da Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Lulu Santos, Cazuza e Barão Vermelho.
"Boa noite galera. Quero dizer que estamos honrados de abrir este festival em Salvador. É muito bom ser a primeira banda desse festival. Esse show faz parte do nosso DVD, que gravamos no ano passado sobre o rock dos anos 80", afirmou o vocalista Bruno Gouveia, segundos depois de cantar Exagerado.
Além das composições de outras bandas, o Biquíni Cavadão trouxe em seu repertório alguns dos sucessos da banda que marcaram a trajetória do grupo, como Zé Ninguém e Vento Ventania. O show contou ainda com a participação de convidados especiais em um telão projetado no palco que reuniu a presença em áudio e vídeo de Cláudia Leitte e Tico Santa Cruz, do Detonautas.
Mas no meio de tantos personagens, o vocalista ganhou mesmo a platéia com a interação com o público, chegando a colocar um fã para cima do palco durante a apresentação.
"Eu curto muito a banda. Estava na frente, pulando e ele me chamou. Foi muito massa. Quando garoto curtia demais o Biquíni e imitava a turma no palco. Dessa vez, trago meu filho e ele me dá esse presente. São aqueles 20 segundos de fama", disse, empolgado, o comerciante e fã Ronival Santos.
Para os amantes do Biquíni Cavadão que tem, ainda, Miguel Flores da Cunha, no piano; Álvaro Pietro Lopes, na bateria; e Carlos Augusto Coelho, na guitarra, a abertura do Festival de Verão foi uma oportunidade para voltar ao tempo: "Eu sou da geração 80. Isso aqui é demais. Está faltando gente desse tipo, como o Biquíni", disse o contador Alexsandro Basfes. "Gostei. Me fez lembrar muita coisa boa. Foi muito bom", acrescentou a esteticista Clélia Domingues.
Uma oportunidade para os jovens que não viveram os anos 80, mas que de alguma forma tiveram contato com a geração de Cazuza e Renato Russo: "Meu pai ouve esse tipo de som, então, apesar de não ter vivido isso de perto, cresci em contato com essas músicas. Bem interessante", comentou a estudante Raísa Passos Teixeira.
Ao término do show, apesar dos elogios, a banda não polemizou e evitou falar na perda de qualidade do atual rock brasileiro: "Tem uma galera boa por aí. Aliás, o rock no Brasil vai bem. O que sinto é que falta um pouco de espaço na mídia para que algumas bandas boas consigam aparecer", afirmou o vocalista.
Em relação à mudança na forma de comercialização da música, o cantor se disse adaptado a nova era: "Trabalhamos com canções para internet. Na verdade, o CD perdeu um pouco de espaço, mas não quer dizer que acabou. Tem gente que gosta de ver o encarte e ler as letras. É o meu caso. Mas está perdendo espaço. E se a gente vir, muita gente ainda gosta mesmo é do vinil", finalizou. (Portal terra)
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