segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Num só dia 50 mil perdem empregos no mundo

Até bem pouco, quando o capital especulativo ainda inundava o mundo, vivia-se a ilusão de que a maré alta fazia subir todos os barcos.


Descobertas as mandracarias do mercado sem controle, sobreveio a grande seca. E as embarcações jogam ao mar o “fardo”, o “excesso de carga”.


Só nesta segunda (26), o afogamento coletivo atingiu pelo menos 50 mil pessoas.


O número pode passar de 70 mil se considerados os dados sobre emprego divulgados por montadoras de automóveis do Japão.


Tudo isso ocorre sob os olhares atônitos de um sindicalismo fraco e uma esquerda irrelevante.


A Caterpillar, fabricante americana de máquinas para o setor de construção, mandou ao olho da rua, de uma canetada, 20 mil empregados.


Pasmo!


Na Europa, multinacionais e casas bancárias anunciaram que 17.200 empregos serão passados na lâmina.


Estupefação!


A fase de maré baixa chegou também às praias brasileiras. A Fiesp informa que, no mês passado, a indústria paulista lançou ao mar 130 mil vagas.


A federação patronal declara-se surpresa. Imagine-se o assombro dos desempregados. A coisa deve piorar nos próximos meses.


O próprio governo estima que, neste 2009, o Brasil viverá um primeiro trimestre de horrores.


Em meio à atmosfera de borrasca, o único negócio com chance de prosperar talvez seja a fabricação de bóias e botes salva-vidas.


Escrito por Josias de Souza às 18h20



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