O jovem brasileiro, que para crescer na vida necessita de exemplos edificantes, ao se voltar para a sua história, descobre para o seu desencanto e estimulo que são os poucos os homens, sobretudo os políticos em quem ele poderia se espelhar e tomar como referência. Talvez, isso explique o fracasso do Brasil como nação. No Brasil até os nossos heróis não resistem a um a pesquisa criteriosa.
Eu citei no início os políticos, como exemplos a não serem seguidos, mas pensando bem, essa falta de rigidez moral não se encontra só nos nossos políticos, infelizmente, mas em todos os seguimentos da sociedade brasileira. Não é à toa que diariamente na imprensa brasileira, nos deparamos com denuncias contra promotores, juízes, desembargadores, delegados, policiais civis e militares; em suma: contra todo tipo de autoridade.
Quando o mau exemplo parte de cima, o andar de baixo (o cidadão comum), também se acha no direito de transgredir a “ordem estabelecida”, mas não cumprida. Isso acaba levando o país a um estado de anomia, de desgoverno. O Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, conta hoje com um governo paralelo, com um governo dentro do governo legal – onde as milícias e crime organizado, ditam as suas próprias leis e as fazem cumprir.
Mas é no espectro político, onde a bandalheira e a falta de seriedade atingiu o limite do suportável e do aceitável. Os políticos brasileiros, com raríssimas exceções, se confundem com os mafiosos; tamanha a roubalheira praticada por eles.
Qualquer político no Brasil, ao final do seu primeiro mandato, formou um patrimônio de dar inveja ao empresário honesto que levou várias décadas para construir um patrimônio, que gera empregos e paga impostos.
A maioria dos políticos brasileiros, corruptos, além de meterem a mão no dinheiro público, o dinheiro que surrupia dos cofres da nação, ainda sonega impostos, usando para camuflar as suas riquezas, a figura daquilo que se convencionou chamar em nosso país de laranja. Por que laranja, não me perguntem porque não saberia explicar. Só sei que é alguém que aparenta ser dono de um negócio, quando todo mundo sabe que esse empreendimento pertence a outrem.
E o pior de tudo, é que essa gente, ainda se considera exemplos para os filhos, para a sociedade. Aos domingos freqüentam as missas, dão esmolas e geralmente são pais dedicados - e mantém obras de assistenciais. É do tipo que manda matar e ainda vai ao enterro e chora sobre o cadáver.
Nenhum comentário:
Postar um comentário