Após visitar a Bacia de Barreirinhas, ontem pela manhã, onde acontece a exploração de petróleo, em águas profundas, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, retornou a São Luís para expor a real situação sobre os trabalhos de prospecção no primeiro poço do bloco BM-BAR-3, da empresa americana Devon Energy Corporation. Lobão esteve acompanhado do governador Jackson Lago, dos diretores da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Allan Kardeck Duailibe e Magda Chambriard, além de diretores da Devon.
De acordo com as expectativas dos próprios técnicos envolvidos no estudo da área, acredita-se que possam ser retirados aproximadamente 50 mil barris de petróleo diários. Estão sendo investidos no processo de exploração, em andamento há mais de 20 dias, cerca de US$ 1 bilhão diariamente, com locação de equipamentos.
Segundo o ministro Edison Lobão, as chances da existência do combustível, em escalas comerciais, explorado pelo navio Sonda Deppwater Discovery, ancorado a 160 quilômetros da costa maranhense, são de 21%. "A confirmação dos geólogos nos permite dizer que a possibilidade de encontrar petróleo em Barreirinhas está totalmente dentro dos padrões de mercado. Nossa maior expectativa, portanto, está no fato de atribuir ao Maranhão um potencial bastante considerável no mercado petrolífero", enfatizou.
Durante a coletiva, que aconteceu às 15h30, no auditório da Infraero (Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado), o ministro, no entanto, explicou que a confirmação desse número só poderá ser divulgada em um prazo de seis meses. No momento, a perfuração do poço já alcança cerca de três dos quatro mil metros de profundidade planejados para a prospecção, que inclui camadas de água e rocha.
Embora a Devon Energy Corporation tenha admitido ser essa uma operação ariscada - com base nas estatísticas de que a cada 10 poços perfurados, apenas dois são encontrados combustíveis -, o otimismo do ministro se fortalece na existência de outras possibilidades, ali mesmo, entre os blocos leiloados da exploração.
"Estamos muito confiantes no sucesso desta prospecção. No entanto, se isso, porventura, não vier a acontecer, nós continuaremos os trabalhos, pois sabemos que a área é potencialmente explorável", frisou Lobão, acompanhado de um dos diretores da ANP, Allan Kardeck Duailibe.
Entre os principais objetivos da exploração na costa maranhense, Edison Lobão destacou a economia na busca do produto, que hoje é feito diretamente das bacias de Campos e Santos, na costa do Rio de Janeiro. (Jornal Pequeno)
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