Eu que fui fiscal do governo Sarney em 1986, quando do Plano Cruzado. Eu que sou maranhense assim como José Sarney e engrossei a torcida dos que defendiam o seu plano econômico e fiz promessa para São José de Ribamar (o santo que lhe emprestou o seu nome), para que o santo lhe ajudasse a fazer um governo do qual todos nós, maranhenses ou não, dele se orgulhassem. Do homem e do plano. Eu que na minha adolescência, quase sem entender de política, vibrei com o Maranhão Novo. Como era conhecido o seu governo, um governo iniciado em 1966.
O Inicio de um governo que foi filmado pelo genial cineasta brasileiro Glauber Rocha, autor, entre outros, de filmes Como Deus e o Diabo na Terra, Terra em Transe e Barravento. Eu que também lutei para eleger o ex-deputado federal Jaime Santana, candidato à prefeito de São Luis, candidato do grupo Sarney, contra a candidata Gardênia Ribeiro Gonçalves, que viria a ganhar essa eleição.
Em 2006, mudei de lado, fiz uma opção pelo Maranhão ao trabalhar pela eleição de Jackson Lago, por representar uma mudança, pois não se admite em sã consciência que um grupo político passe tanto tempo no poder, por melhor que seja esse grupo e as intenções dos seus governantes. A democracia exige alternância de poder.
José Sarney o principal líder desse grupo, já foi de tudo neste país, de deputado a presidente da república. Senador eleito por dois estados, Maranhão e Amapá. Três vezes eleito presidente do Senado, membro da Academia Brasileira de Letras (eleger-se seu presidente é o seu novo objeto de desejo).
No governo do petista Luis Inácio Lula da Silva, José Sarney, sempre deteve um dos mais importantes ministérios, o de Minas e Energia, atualmente sob o comando de Edson Lobão, um dos seus afilhados políticos, que também já governou o Maranhão, graças à força do grupo Sarney. O Estado do Maranhão num período de quase 100 anos foi dominado por dois grupos políticos: o vitorinismo e o sarneysismo.
Agora que o Estado do Maranhão teve a oportunidade de se libertar, elegendo Jackson Lago, o grupo Sarney, tenta a todo custo aplicar um golpe na democracia e na vontade do povo maranhense. Na marra, não!
Hoje já existe um sentimento que eu diria nacional, contra o retorno do sarneysismo ao comando do Maranhão e o poder ilimitado do seu principal mentor e líder: Jose de Ribamar Ferreira de Araujo Costa ou simplesmente José Sarney.
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