O político brasileiro quando discursa até que parece bem intencionado, mas não passa disso

Quem ouve um discurso feito por um político brasileiro, de tão bem elaborado é capaz até de se emocionar. São tão convincentes, como convincentes são os depoimentos dados por atores contratados para darem os seus testemunhos nos programas televisivos feitos sob encomenda pelas igrejas protestantes para conquistarem ouvintes incautos; que fragilizados por problemas de qualquer ordem, tornam-se presas fáceis dessas armadilhas preparadas em nome de Deus.

Assistindo hoje aos discursos de posse do presidente da Câmara Federal, deputado Michel Temer e do senador José Sarney, eleito neste dia 02/02 presidente do senado, eu ficava imaginando o quanto de dissimulação existe no comportamento e nas palavras de homens que se dizem representantes do povo, mas que não passam de profissionais da política, que estãoali mais interessados no poder e no brilho dos holofotes, que irão projetar as suas imagens de homens poderosos do que em defender os interesses daqueles que mais necessitam.

Não é à toa que um país com mais de 500 anos de existência como o nosso, ainda conviva com mais da metade da sua população, abaixo da linha de pobreza -, com milhões de brasileiros que para fugirem da miséria absoluta, tem que aceitar uma esmola chamada bolsa família, que mal dá para uma família comer uma “ração pobre” diariamente. Enquanto isso o político brasileiro, para viver nababescamente, só precisa comprar um mandato. É isso mesmo, comprar um mandato, porque nenhum político neste país, com raríssimas exceções, se elege com base no seu prestígio pessoal.

Entre essas exceções, estão os cantores bregas (Agnaldo Timóteo), forrozeiros como Frank Aguiar e o pagodeiro Netinho de Paula. O costureiro Clodovil Hernadez, também pode ser incluído nesse rol.

Desde os menores e remotos municípios deste país, só se elege quem tem esquema, o que em outras palavras quer dizer, que só se elege neste país quem tem muito dinheiro para gastar na compra de votos. Por essas e outras é que o Brasil nunca deixará de ser uma nação subdesenvolvida.