segunda-feira, 9 de março de 2009

Elle voltou com uma sede de poder ainda maior


O ex-presidente da república, Fernando Collor de Mello, agora senador da república pelo miserável Estado de Alagoas, voltou à cena política nacional, graças à pobreza e o analfabetismo político de um povo que vota e elege os políticos, movidos pela fome e a miséria absoluta que o cerca.

“Com vocês, o presidente da Comissão de Infra-estrutura do Senado, o presidente do PTB de Alagoas, o ex-presidente do Brasil e agora gerente do PAC, Fernando Collor de Mello”. Assim em tom apoteótico, o locutor da convenção do PTB nacional, anunciou a presença de um político que pela sua biografia, deveria permanecer para sempre no limbo da história.

Costuma-se dizer aqui no Brasil que brasileiro tem memória curta, quando se quer dizer que o nosso povo esquece facilmente as coisas e acaba devolvendo para a glória alguém que pelo seu histórico de vida, deveria estar na cadeia ou vivendo no ostracismo. Mas acontece que o que faz com que pessoas como Fernando Collor de Mello, continuem brilhando no cenário político brasileiro, não é a nossa falta de memória, mas a miséria e a indigência que assolam o nosso país de norte a sul.

E pasmem! O PT que muito contribui para que Collor fosse afastado do poder, é hoje o principal responsável pelo seu resgate político. Que vê quase não acredita no que esta vendo, o presidente Luis Inácio Lula da Silva, de abraços e sorrisos com gente do jaez do senador alagoano.

O jornalista e ensaísta da revista Veja Roberto Pompeu de Toledo, diz no seu ensaio na revista desta semana o seguinte: “Um aviso ao leitor incréu: existem, sim, os bons. Existe gente honesta e com a cabeça no bem do país no Congresso e nos ministérios, no governo dos estados. É tão equivocado achar que todo político é desonesto quanto achar que todos são anjos”.

Falando francamente, eu não consigo acreditar em nenhum político, desde o momento em que o Partido dos Trabalhadores, se nivelou por baixo a todos os demais partidos brasileiros. Todo político sem exceção, é igual, o que diferencia um político do outro, é a sua condição de oposição ou situação.

Qual a diferença entre Lula e Fernando Collor de Mello, quando o jurista e ex-ministro da justiça no governo Sarney, o advogado Saulo Ramos, diz no seu livro (um excelente livro por sinal) que os problemas jurídicos do governo Collor se comparados ao de Lula, eram para serem resolvidos no juizado de pequenas causas.

Como dizia o saudoso jornalista paranaense Donizetti Adauto, morto no Estado do Piauí: “Eu morro e não vejo tudo”.

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