terça-feira, 31 de março de 2009

Futuro previsível para o jornal de papel

Todo dia quando recebo o jornal impresso (de papel) que ainda mantenho a assinatura, fico me perguntando se ainda vale à pena continuar sendo assinante de um jornal, cujo conteúdo já tive acesso no dia anterior através do jornal online. Sempre sendo assaltado por essa dúvida, mas mesmo assim, continuo sendo fiel a uma cultura que reconheço, está fadada a desaparecer. Assim como eu, muitos assinantes de jornais impressos mantém essa fidelidade ao jornal tradicional, mais por uma questão cultural.

O que vem contribuindo de maneira decisiva para o desaparecimento do jornal impresso, é o envelhecimento das matérias que no dia seguinte só é novidade para quem não tem acesso a internet. A internet, diferentemente da televisão, se aprofunda na matéria, de modo que o que se lê no jornal impresso, também pode ser lido no jornal virtual, sem perda de conteúdo.

Mas pouco a pouco essa cultura está mudando, com muitos leitores de jornais impressos, migrando para o jornal online, devido a comodidade e o custo zero desse novo produto que está forçando o jornal impresso a se reciclar e inovar em termos da sua forma e conteúdo.

Não é à toa que os portais de notícias já estão sendo mais procurados pelos anunciantes, que estão descobrindo nessa nova mídia, um meio mais eficiente e eficaz para a divulgação dos seus produtos. É claro que ainda existem os resistentes, mas logo, logo, eles estarão se rendendo à um veículo que tem uma capacidade infinitamente maior em atingir o seu público alvo.

O internauta que está mais do que provado, tem um maior poder aquisitivo, acabará fatalmente atraindo os anunciantes resistentes que ainda hoje acreditam na força do jornal impresso, da televisão e do rádio - para anunciarem os seus produtos na internet.

Tomemos por exemplo, o Portalaz que está para o Estado do Piauí, assim como a Folha Online está para todo o país. O Portalaz tem hoje uma média consolidada de 40 mil acessos dia por máquina (computador), que se for calculado uma média por pessoas que navegam nesse portal, chega-se facilmente a 120 mil. Acontece que geralmente no Estado do Piauí, uma casa só tem um computador, mas cada residência tem em média três moradores, o que se presume que todos esses moradores acessem indiretamente o portal.

É fácil intuir que num curto espaço de tempo, o jornal impresso só vai ser encontrado nos museus, pois as novas gerações para se manterem informadas, não mais precisam ir as bancas ou fazerem uma assinatura. Pelo menos do tipo que hoje conhecemos, a não ser que seja uma assinatura para que se tenha acesso de conteúdos na internet.

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