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| José Sarney admitiu que enviou para o estado seguranças do Senado. |
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O presidente do Senado, José Sarney, usou a estrutura da Casa para proteger os bens da família no Maranhão. Ele estava preocupado que, após a cassação do governador Jackson Lago, correligionários se revoltassem e pusessem em risco bens de sua família. Por isso, mandou quatro seguranças do Senado para o estado, sob a justificativa de "viagem oficial", segundo divulga nesta quinta-feira o jornal "O Estado de São Paulo".
Em São Luís, os quatro policiais legislativos reforçaram a defesa dos imóveis, sobretudo a sua casa, no bairro do Calhau. Eles, portanto, "mapearam" as possíveis hostilidades por quatro dias. Chegaram em 9 de fevereiro, véspera do julgamento do mandato do governador Lago. Ele foi julgado e cassado, porém, apenas na quarta feira passada, quase um mês depois.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, dois policiais, Cláudio Hilário e João Percy do Carmo Pereira, integram a "equipe aproximada" do presidente do Senado, como são chamados os agentes encarregados de sua segurança. Os outros dois, Paulo Cézar Ferreira de Oliveira e Jacson Bittencourt, são considerados homens da confiança do diretor da polícia da Casa, Pedro Araujo Carvalho. O primeiro-secretário, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), disse que não sabia da viagem, que só em diárias custou cerca de R$ 4 mil ao Senado. "Eu teria de ficar sabendo, vou ver o que é que houve", disse.
Ouvido pela reportagem do jornal, o diretor Pedro Carvalho informou que a a missão dos servidores do Senado era defender a casa de Sarney, na Ilha do Calhau, de invasões. "O presidente nos pediu para fazer uma varredura na casa dele e dar apoio à segurança local porque tinha a notícia de que iam incendiar sua residência", afirmou. A assessoria de Sarney confirmou ontem o teor da missão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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