segunda-feira, 6 de abril de 2009

Ando de saco cheio com alguns economistas

Os economistas, todos eles indistintamente, tem sempre uma resposta pronta para todas as perguntas que lhe forem formuladas, só que essas respostas são geralmente genéricas e sem apresentarem um modelo de política econômica que seja capaz de resolver as crises e nem tão pouco de prevenirem contra elas.

Um dos nossos mais "iluminados" economistas, o carioca Marcelo Neri, é um deles, pois vive a dar entrevistas falando da pobreza brasileira, sem contudo propor políticas sociais viáveis para o nosso problema crônico de miséria e indigência.

Agora mesmo, em entrevista a revista Época ele faz a seguinte afirmação: "O Brasil construiu um modelo próprio." O economista Marcelo Neri diz mais adiante na sua entrevista: "o país está bem na crise porque conciliou o mercado com políticas sociais ativas." Como está bem na crise se o governo está promovendo cortes no orçamento, com o desemprego aumentando e a violência recrudescendo em todo o país?

Pelo visto, o economista Marcelo Neri, está falando de uma país utópico, de um país ideal, muito distante do país real em que ele vive, onde mais de 70% da sua população vive abaixo da linha de pobreza. No estado do Rio de Janeiro, terra desse economista, a violência mata mais do que nos países que vivem em guerra, como o Iraque e Afeganistão. No Brasil a fome e miséria são os principais vetores de uma violência que ameaça até a existência do próprio estado.

Agora, o que mais me preocupa na analise dos nossos economistas e principalmente na do economista Marcelo Neri; ele se considera um expert no estudo da miséria deste, é a ausência de enfoque nos trabalhos realizados por esse cientista, naquilo que eu particularmente considero o mais grave de todos os problemas e um dos principais responsáveis pela miséria neste país, que é a explosão demográfica que continua acontecendo a cada novo dia.

Me arrisco a dizer, sem medo de errar que se este país começasse a partir deste exato momento, a adotar uma política radical de controle de natalidade, os efeitos dessa política, só se fariam sentir, daqui a 50 anos.

A única autoridade do atual governo que teve a coragem de propor uma política realista de controle de natalidade, foi defenestrada do poder, por contrariar os interesses da cúpula de um governo que não quer se indispor com as igrejas. A gaúcha Emília Fernandes teve essa coragem.

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