segunda-feira, 6 de abril de 2009

Deu no Jornal Folha de São Paulo

A raposa e as uvas

O processo para investigar o ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia, que não registrou em seu nome uma casa avaliada em R$ 5 milhões, acaba de ganhar novo relator no Tribunal de Contas da União. Trata-se de ninguém menos que Raimundo Carreiro, também ex-secretário-geral do Senado, que trabalhou com Agaciel por mais de uma década. Mais: a mulher de Carreiro esteve subordinada a Agaciel até o STF editar a súmula antinepotismo. Por sua vez, a mulher de Agaciel foi chefe-de-gabinete de Carreiro. A substituição ocorreu no dia 24 passado, depois de o processo permanecer 22 dias no gabinete de Aroldo Cedraz, inicialmente designado para examinar o caso.

Escoadouro. O caso Agaciel não será o único referente ao Senado a desaguar na mesa de Raimundo Carreiro. Os ministros do TCU têm uma lista de unidades jurisdicionadas. Ou seja: todos os casos referentes a certos órgãos são destinados à mesma pessoa. Carreiro cuida do Senado.

Ponto final. A primeira análise dos técnicos aponta para a conclusão de que Agaciel tinha dinheiro para comprar a casa. Como o Senado fez só esta pergunta ao TCU, a tendência é arquivar o caso.

Em Tempo:

O maranhense Raimundo Carreiro, agora ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), é um ex-secretário-geral do Senado e ex-subordinado de Agaciel Maia. Assim sendo, o que a nação brasileira poderá dessa invsatigação? Isso mesmo que você internauta cético, está pensando.

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