O governo federal, quando começa a se sentir incomodado, por qualquer investigação feita por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) passa logo a agir no sentido de que a comissão instalada desacelere os seus trabalhos e acabe perdendo força e importância.
As forças estranhas que agem nos subterrâneos das CPIs, trabalham sob a orientação e recomendação de um poder superior, o que acaba implodindo a CPI em questão e os supostos envolvidos nos crimes investigados, acabam saindo pela porta da frente - sem nenhum tipo de condenação formal.
A revista Veja desta semana, numa matéria assinada pelo jornalista Expedito Filho, faz a seguinte pergunta: quem mandou parar a CPI dos Grampos? Essa pergunta está sendo feita, haja vista, terem sidos suspensos alguns depoimentos ansiosamente aguardados, como por exemplo, o do ministro Mangabeira Unger que foi apontado pela Operação Satiagraha, como tendo fortes ligações com o banqueiro Daniel Dantas.
O deputado federal Nelson Pelegrino (PT-BA) ao querer apresentar o relatório final dessa CPI, na próxima semana, quando a CPI tem até o mês de Maio para apresentá-lo, levanta algumas suspeitas, pela sua pressa.
Isso revela o poder do banqueiro Daniel Dantas, ao incomodar de tal maneira o governo do presidente Lula, que um deputado petista resolveu agilizar e apresentar o relatório final dessa CPI, mesmo sem ter ouvido pessoas que poderiam jogar luz sobre alguns pontos obscuros da Operação Satiagraha, que levou a criação da CPI dos grampos.
Em Tempo:
O deputado federal Marcelo Itagiba (PMDB--RJ), (foto) presidente da comissão que apura os grampos, parece querer de fato investigar os abusos cometidos pela Operação Satiagraha, masa esbarra numa força muito poderosa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário