segunda-feira, 13 de abril de 2009

Jornalista é preso sob suspeitas de assaltar o Armazém Paraíba

por Geórgia Benvindo

O jornalista Antônio de Pádua Souza e Silva (foto) registrou queixa no 1º. Distrito Policial de Teresina, denunciando que foi seqüestrado, algemado, chegando inclusive a sofrer tortura psicológica por parte de supostos policiais a serviço do Grupo Claudino. Ele foi preso por volta das 13 horas de quinta-feira (09) quando caminhava pela rua Riachuelo, no centro de Teresina, em direção ao seu local de trabalho, na CCOM (Coordenadoria de comunicação do Governo do Estado) e jogado dentro de uma camioneta parati.


Antônio de Pádua não sabia do que se tratava. Surpreendeu-se quando a camioneta parati, de cor escura, sem caracterização da polícia, parou ao lado do Palácio da Cidade e de dentro dela quatro elementos desceram e foram logo dando-lhe voz de prisão. Um deles, de revólver apontado para o rosto do jornalista, mandou que ele colocasse as mãos para trás e o algemou. De lá, o jornalista foi levado para o Lojão do Armazém Paraíba, na rua João Cabral, sob acusação de ter furtado da loja a quantia de R$ 1.000,00.

No trajeto para o lojão, os supostos policiais (que Antônio de Pádua suspeita serem da Polícia Civil a serviço da empresa Claudino), passaram a coagi-lo, procurando saber o paradeiro do dinheiro. Antônio de Pádua tentava a todo custo se identificar para eles, mas os policiais diziam que já o conheciam e que ele ainda estava ‘dando bobeira no centro de Teresina’.

“Como eles estavam falando em furto, eu pensava que iriam me levar para o 2º. DP, porque o carro seguiu pela Avenida Maranhão, sentido Norte, mas a minha surpresa foi quando um grande portão se abriu na rua João Cabral, esquina com a Benjamim Constant e fui parar dentro do estacionamento interno do Lojão do Paraíba. Lá, já tinha cerca de 10 homens me esperando”.

Antônio de Pádua disse que sua sorte foi ter sido reconhecido lá dentro do lojão pelo policial civil João de Deus Fonseca Barradas, que gritou: ‘Esse aí é o Antônio de Pádua, tirem as algemas, tirem as algemas imediatamente”.

Desculpas

Depois que se descobriu a mancada dos policiais do Grupo Claudino, o próprio João de Deus Fonseca Barradas, pediu desculpas a Antônio de Pádua, dizendo que ele havia sido confundido com a pessoa errada, pois estavam procurando por pessoa com características idênticas.

“Eles me ofereceram água gelada, cafezinho, querendo justificar um crime cometido, mas eu me dirigi logo ao 1º. DP, onde exigi exame de corpo de delito. As algemas nas minhas mãos e a humilhação que eles me impuseram em plena rua, na frente de todo mundo, vão ser respondidas na forma da lei”, disse Antônio de Pádua.

O Portal AZ tentou contato com a assessoria do Grupo Claudino e não conseguiu falar com ninguém. Um funcionário da Sucesso Publicidade informou que o chefe, Fernando Oliveira, se encontrava fora do país.

Em Tempo:

O jornalista Antônio de Pádua Souza e Silva, é um dos mais competentes e respeitados profissionais da imprensa piauiense, já tendo inclusive, militado em todos os grandes jornais de Teresina. Hoje é assessor de imprensa do governo do Estado do Piauí e blogueiro do Portal Gterra.

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