segunda-feira, 27 de abril de 2009

Se fosse ruim ninguém queria ser, você não acha?

Benefícios dos congressistas vão do cafezinho ao jatinho executivo

Hoje ao meio dia, estava acompanhando pela televisão um entrevista feita com o deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI), pré candidato ao governo do Estado do Piauí, e pude perceber que era visível o desconforto desse deputado ao ter que responder algumas perguntas feitas pelos telespectadores, sobretudo, a respeito da farra das passagens aéreas.

Nervoso e dando a nítida impressão de que as denuncias que estão sendo feitas pela imprensa nacional, contra deputados e senadores, está fazendo eco na sociedade brasileira, Marcelo Castro, andou querendo justificar um salário que beira a quase R$ 70 mil por mês, sem conseguir. E convém salientar que diferentemente do trabalhador comum, que só tem o décimo terceiro salário, o deputado federal e o senador, tem o décimo terceiro, o décimo quarto e décimo quinto salários.

Nessa entrevista, esse deputado federal fazia questão de passar para a opinião pública a impressão de que ser detentor de um mandato eletivo acaba sendo um ver dadeiro sacrifício, pois segundo ele, o exercício de uma mandato parlamentar, acaba sacrificando a profissão de origem. O que convenhamos é uma grande balela.

O deputado, o senador, além de todas as vantagens auferidas junto a Câmara Federal e no Senado, ainda vivem de intermediar muitos negócios, junto a empreiteiros, industriais e empresários de um modo geral - o que acaba rendendo muito dinheiro para que esse ou aquele político possa ao final do mandato, bancar a sua campanha milionária. É obvio que toda regra tem exceção.

Na atual legislatura, eu não conheço nenhum político que tenha sido eleito através do voto ideológico, aquele voto que se conquista através de propostas ou com base num histórico de luta do político em defesa dos interesses do povo.

O político brasileiro é um dos atrasados do mundo, pois ainda faz política à moda do início do século XX, ofertando dentaduras, trocando carradas barro, ajudando na aquisição de documentos; para comprar o voto, até mesmo de pessoas consideradas esclarecidas. Essas se valorizam mais e trocam o seu voto por um emprego público ou privado.

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