
Equipes da FAB continuam a sobrevoar o mar atrás de destroços. Buscas se limitam a área de 200 quilômetros de raio
As mensagens enviadas pelo avião à companhia aérea — reveladas ontem pelo Jornal da Tarde, de São Paulo — começaram às 23h10. Às 23h, o comandante havia informado que sobrevoava uma região de nuvens negras onde há ocorrência de descargas elétricas, ventos de até 100 km/h e granizo — chamadas cúmulos-nimbo (CBs).
“Aconteceu algo muito trágico que pegou o piloto de surpresa. Pode ter sido a perda de uma asa, quebra do para-brisa, ou ter sido sugado pelas CBs. Mas a hipótese mais lógica seria uma explosão, que explicaria todas as panes subsequentes. Nesse caso, o comandante não tinha o que fazer”, afirma Ivan Sant’Anna, escritor de vários livros sobre acidentes aéreos.
Às 23h10, a Air France recebe o aviso de que o piloto automático do Airbus foi desligado. Seu desacoplamento pode ter sido automático ou feito pelo próprio piloto. “Tempestades, raios e ventos mudam o curso normal do avião e fazem o piloto automático desarmar. Se o comandante desliga o sistema é porque está passando por alguma situação crítica”, explica Antonio Monteiro, coronel aviador que já chefiou a Seção de Investigação e Prevenção de Acidentes da FAB.
No mesmo instante em que comunica o desacoplamento do piloto automático, o Airbus envia nova mensagem informando que está operando com um sistema alternativo de fornecimento de energia, situação que só ocorre quando há falhas múltiplas dos provedores normais. Para Sant’Anna, nesse momento o Airbus da Air France já está fora de controle. (O Dia Online e blog Dom Severino)
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