Marina Mello e Ana Lima Freitas, Portal Terra
BRASÍLIA E DO RECIFE - A Força Aérea Brasileira (FAB) percorreu durante as buscas aos destroços do Airbus da Air France uma área correspondente a cerca de duas vezes o Estado de Pernambuco. Segundo o comando da Aeronáutica, com as buscas de hoje, se completaram o equivalente a 176.984 km².
De acordo com a FAB, "destroços isolados" e manchas de óleo continuam a ser localizados nas áreas sobrevoadas. As buscas serão mantidas durante a noite, inicialmente com o avião R-99, e posteriormente com as aeronaves Hércules, do Brasil, e com o avião americano P-3 Orion e o francês Falcon 50. Os aviões voam a uma altitude de 300m, para facilitar a procura e a visualização de destroços.
Achar corpos é mais importante, diz Cenipa
O Diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo do Cindacta 3, no Recife, brigadeiro Ramon Borges Cardoso, em entrevista coletiva, na noite desta quarta-feira, afirmou que destroços do vôo 447 da Air France, já visualizados ainda não foram recolhidos. "Não estamos dando prioridade à coleta, porque a busca dos corpos é mais importante, neste momento. Hoje foi um dia onde nós tivemos uma área bastante grande coberta pelas aeronaves envolvidas, mas infelizmente não foram encontrados corpos, que é a nossa prioridade maior".
De acordo com o Brigadeiro, os destroços recolhidos serão levados pelos navios da Marinha para Fernando de Noronha e, posteriormente, para o Recife. "Todos os pedaços que forem coletados serão trazidos para Recife, para ficar à disposição da França. A análise do que aconteceu com o avião será bastante complexa e a França terá que usar seus especialistas para chegar a essa conclusão. Hoje, com as informações que temos aqui, não é possível dizer como aconteceu o acidente", esclareceu o militar.
Na madrugada desta quinta-feira, os aviões que trabalham nas buscas devem decolar por volta das 3h da manhã, para chegar às proximidades do Arquipélago de São Pedro e São Paulo ao amanhecer. "Esse rochedo fica a 1,2 mil km do Recife, é mais ou menos a distância entre o Rio e Brasília. É por isso que estamos posicionando helicópteros em Noronha, para ajudar no resgate dos destroços e de possíveis sobreviventes", disse o brigadeiro.
"Nós não estabelecemos prazo de permanência nem para as aeronaves nem para os navios. Enquanto houver necessidade, ficaremos lá", concluiu o militar.
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