terça-feira, 13 de abril de 2010

Uma eleição movida pelo disse me disse e a futrica

O processo eletivo do estado do Piauí deixa de lado os assuntos mais relevantes para se dedicar a futrica e ao disse me disse, que não constrói que não ajuda a um estado - que segundo o vereador Firmino Filho (PSDB), é o mais pobre, o mais miserável -, o último vagão de uma composição que se arrasta e não consegue chegar a um destino de glória e de grandes conquistas.

Tudo no estado do Piauí não passa de mito. É o mito da saúde de boa qualidade, da educação de excelência e por ai vai. Acontece que a saúde de boa qualidade, assim como a educação, só existe para os ricos, porque os pobres vivem morrendo nos corredores dos hospitais sempre lotados. No interior a situação ainda é muito pior. Agora acabo de conhecer uma pessoa que veio da região de São Raimundo Nonato, com um braço quebrado, e pasmem! Nem o engessamento lá em São Raimundo os enfermeiros conseguiram fazer direito. Ao chegar aqui em Teresina, foi feito tudo de novo, antes que o médico que cuida desse paciente optasse por lhe submeter a uma cirurgia.

Ai a imprensa vive falando que a medicina do Maranhão, Pará, Tocantins e Ceará não prestam, porque os pacientes oriundos desses estados, que residem próximo a Teresina, procuram a medicina deste estado. Ocorre que medicina boa para os ricos existe em qualquer lugar. E os ricos quando a medicina local não dispõe de recursos para tratá-los, vão para o estado de São Paulo, lá onde realmente existe a melhor medicina do país e recursos técnicos dos mais avançados.

Assuntos relevantes para o estado do Piauí são aqueles que suscitem uma discussão, que desperte a atenção da população piauiense, fazendo com que ela se envolva e passe a discutir conjuntamente com os políticos, temas que permitam a este estado romper com o isolamento, o atraso secular e a miséria absoluta.

Até aqui os pré-candidatos vivem a falar sobre generalidades, sem apresentarem projetos concretos, que permitam ao estado do Piauí acabar com a sua eterna dependência do governo federal, o que obriga os nossos a governantes há viverem o tempo todo com o pires na mão, implorando a caridade do governo de plantão.

O que o piauiense mais precisa neste momento é de dignidade e de ser respeitado. Mas para que isso aconteça, este estado precisa de homens com inteligência privilegiada, que tenham compromisso e vontade de mudar radicalmente a face de um estado, onde as pessoas ainda são tratadas como incapazes, subservientes, dependentes do poder público e da caridade dos empresários.

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