Vicentinho diverge do PT e apóia ‘projeto ficha limpa’
Num dia em que o plenário da Câmara virou um ambiente meio picadeiro, meio bordel, o deputado Vicentinho afastou de si a urucubaca.
O PT, partido de Vicentinho, recusara-se a assinar o pedido de urgência que permitiria votar o projeto da ficha limpa.
Vicentinho foi à tribuna para lembrar algo que o petismo parece ter esquecido: “Meu partido tem como princípio a ética”.
E pespegou: “Temos que quebrar a máxima que diz: ‘Casa de ferreiro, espeto de pau’. Essa Casa precisa tomar uma decisão contundente...”
“...Precisamos dar um grande salto de qualidade. É preciso lembrar que esse projeto chegou com as assinaturas de 1,6 milhão de brasileiros”.
O deputado lamentou ter que divergir do “companheiro” José Genoino (PT-SP), que ocupara a tribuna antes dele.
Réu no processo do mensalão, Genoino comparara o projeto da higiene eleitoral a providências adotadas na época da ditadura.
De resto, dissera: "O candidato vai ter os seus direitos políticos cassados, mas e se depois ele for absolvido? Já está cassado...”
“...Essa é uma proposta casuística, que fere o princípio democrático dos direitos fundamentais...”
“... [...] O Judiciário vai escolher quem vai ser candidato, vai tutelar o processo político".
Sorte do PT que ainda dispõe de Vicentinho. Um deputado que ainda não perdeu a noção de que pensar é um verbo compulsoriamente reflexivo.
Em Tempo:
O PT quem diria, acabou igual ao partido de Paulo Maluf, se protegendo, ao negar princípios éticos e morais antes defendido com certo ardor cívico. [Dom Severino]
(blog do Josias de Souza e )
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