Quem vende o seu voto também deve ser punido

Em boa hora a justiça eleitoral começa a fazer uma campanha contra a compra e venda de votos. Mas para que ela seja eficiente e eficaz, precisa sair da televisão e penetrar nos grotões, no Brasil profundo; lá aonde a imagem da televisão não chega. E de preferência, que ela seja divulgada de maneira didática, de modo a que o eleitor de baixa ou nenhuma escolaridade, entenda a linguagem e o significado daquilo que está sendo transmitido.

O que o eleitor de poucas letras precisa saber, ter a compreensão é de que a  feirinha, a passagem, o medicamento, a ajuda funerária e o tratamento de dente que lhe está sendo ofertado pelo político ou pelo seu mensageiro (cabo eleitoral) é um crime e que ele poderá ser punido - caso fique provado a sua participação na troca ou venda de voto..  

O eleitor precisa ser conscientizado, de que trocar ou vender voto por um tipo de ajuda qualquer é um crime, que tanto quem  vende como quem compra poderá ser punido. O medo inibe a ação dos compradores de votos e das pessoas humildes que se deixam levar pela lábia do candidato inescrupuloso.

A propósito: deputados estaduais do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), liderados pelo deputado estadual Robert Rios, passaram a semana passada inteira denunciando a compra e venda de votos. Só que o procurador regional eleitoral, Marco Aurélio Adão, exige que as provas lhes sejam apresentadas para que ele comece a apurar essa denuncias. Agora para ele, denuncias vazias não são suficientes.

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