O servidor público municipal no estado do Piauí, vale muito menos que os carnavais fora de época. Diariamente o presidente da Associação dos Prefeitos o estado do Piauí, está nos programas de televisão denunciando a situação difícil porque passam os municípios piauienses, que sofrem com a queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), segundo Francisco Macedo. Uma reclamação pertinente, mas que perde a sua força, toda vez que um prefeito piauiense patrocina esse tipo de festa, cujo maiores beneficiados - são os empresários e a indústria cultural baiana e cearense.
Municípios extremamente pobres, que quase nada produzem, vivendo basicamente do FPM e outras receitas federais, mas que nunca deixam de realizar grandes festas, mesmo que isso contribua ainda mais para o empobrecimento do município e o sacrifício dos seus servidores.
Espero que essa decisão da promotora de justiça Leida Diniz, proibindo a prefeitura de Teresina de patrocinar o carnaval da capital, seja seguida por outros promotores, para impedir a farra com o dinheiro público. A prioridade de qualquer governo sério é o de pagar salários em dia. Promover festa para o povo, com esse povo de bariga vazia é o mais puro sadismo.
Se ao menos essas festas fossem animadas pelos artistas da terra, até que faria algum sentido, pois o dinheiro do povo piauiense continuaria em suas mãos, ou seja, circulando no próprio Estado. Mas o que se vê, é uma verdadeira sangria de recursos de um Estado paupérrimo, para estados em melhores condições socioeconômicas.
E essa sangria acontece a todo o momento; do município de Luís Correa ao município Morro Cabeça do Tempo. Quanto mais pobre é o povo, mais festeiro ele é.
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