“Compreender tudo é tudo perdoar”. Aceitação.
Hoje em dia eu vivo a exercitar a tolerância, procurando me policiar ao máximo, não me permitindo julgar qualquer pessoa e muito menos criticá-la. Antes de qualquer juízo de valor que eu venha fazer sobre qualquer pessoa, me coloco no seu lugar e na sua situação, e isso me permite cair em mim e admitir, mesmo que a outra pessoa tenha cometido um erro considerado de extrema gravidade, como sendo algo demasiadamente humano.
Certa vez, na empresa em que eu trabalhava no período da tarde eu tive um desentendimento com um companheiro de trabalho, o que me levou a deixar o serviço antes do fim do expediente e fui para casa e em lá chegando, coloquei o meu traje de caminhada e fui para a beira rio caminhar e meditar.
Com meia hora de caminhada e meditação, eu passei a admitir a possibilidade de retornar ao trabalho e pedir desculpas ao meu companheiro. O que fiz a seguir. Você não imagina a sensação de alívio que experimentei após chegar à conclusão de que deveria fazer as pazes com o meu companheiro. Foi como se eu tivesse retirado das minhas costas um fardo de 500 quilos que parecia querer me enterrar no chão.
Foi a partir desse dia, que eu descobri que compreender e aceitar a outra pessoa como ela é, faz um grande bem a quem atingiu esse grau de compreensão. E perdoar faz um bem maior ainda.
Essa sensação só é comparável a que experimentamos quando através de um gesto de desprendimento, ajudamos alguém que necessita da nossa ajuda. E essa pessoa se mostra feliz com a ajuda recebida.
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