quinta-feira, 7 de abril de 2011

Discurso de Aécio Neves será capaz de revigorar a oposição

Com um discurso quase perfeito, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), foi capaz de receber até elogios de petistas, como o senador Humberto Costa (PT-PE), que visivelmente emocionado com o primeiro discurso feito pelo mineiro da tribuna do Senado, classificou Aécio Neves como sendo o melhor quadro da oposição.

O excelente desempenho de Aécio Neves na tribuna do Senado, que políticos e jornalistas consideraram como sendo um discurso de um presidenciável, será capaz de revigorar a oposição que perdeu a eleição para Dilma Rousseff, muito mais por incompetência do que méritos próprios de Lula.
Leia a seguir o ponto alto do discurso de Aécio Neves:

"Estruturamos os primeiros programas federais de transferência de renda da nossa história.

A partir de sucessos locais, como o do prefeito Grama, em Campinas, e do governador Marconi Perillo, em Goiás, criamos o Bolsa Escola, o Bolsa Alimentação e o Auxílio Gás. Que, depois, serviram de base para, ampliados e concentrados, se transformarem no emblemático Bolsa Família.
Quando os fundamos nossos adversários também não estavam lá.

E, ironicamente, nos criticaram por estarmos criando políticas assistencialistas de perpetuação da dependência e não de superação da pobreza.

As mudanças estruturais do governo Fernando Henrique, entre elas as privatizações, definiram a nova face contemporânea do País.

A democratização do acesso à telefonia celular talvez seja o melhor exemplo do acerto das medidas corajosamente tomadas.

Porque disso é feito um bom governo: de decisões e não apenas de circunstâncias.

Senhoras e Senhores, faço essas rápidas considerações apenas para confirmar o que continuamos a ver hoje: sempre que precisou escolher entre os interesses do Brasil e a conveniência do partido, o PT escolheu o PT.

Por isso, não é estranho a nós que setores do partido tentem, agora, convencer a todos de que os seus interesses são, na verdade, os interesses da nação. Nem sempre são.

Não é interesse do país, por exemplo, a subordinação das agências reguladoras ao governo central, gestadas que foram para terem independência técnica e, pelo país, atuarem livres de pressões políticas.

Não é interesse do país que o Poder Federal patrocine o grave aparelhamento e o inchaço do Estado brasileiro, como nunca antes se viu na nossa história.

Da mesma forma, não posso crer que seja interesse do país que o governismo avance sobre empresas privadas, com o objetivo de atrelá-las às suas conveniências. Como se faz, agora, sem nenhum constrangimento, com a maior empresa privada do Brasil, a Vale, criando perigoso precedente.

Senhoras e senhores, não sou, como todos sabem, daqueles cegos pela paixão política, que não se permite enxergar méritos no adversário.

O Brasil de hoje é resultado de uma vigorosa construção coletiva que, desde os primeiros sopros da nacionalidade, vem ganhando dimensão, substância e densidade. Ao contrário do que alguns nos querem fazer crer, o país não nasceu ontem".

De animo novo, a oposição sob o comando de Aécio Neves, vai conseguir atrair novos quadros e impedir a migração de quadros que sem motivação - já penavam em buscar novos horizontes.

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