Os seguidores de Kadhafi querem mostrar que estão prontos a servir de escudos humanos e a dar a vida pelo líder, ao se postarem em frente ao quartel general em ruínas. Mesmo que Kadhafi não estejas lá o simbolismo das imagens é forte.
Já ocorreram várias deserções: a primeira, do embaixador líbio nas Nações Unidas, depois o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e, há poucos dias, o ex-conselheiro do presidente Ali Triki.
Na reunião de Londres, os 40 chefes de diplomacia presentes falaram do avanço dos combates e da Líbia pós- Kadhafi. Diante desse quadro, o círculo mais imediato do coronel procura saídas… porque os ocidentais têm uma ideia clara do futuro do país:
Hilary Clinton:
“Devemos continuar a trabalhar para um objetivo mais amplo: a meta é uma Líbia que não pertença a um ditador, mas apenas ao povo líbio. Concordamos com a Liga Árabe que considera que Kadhafi perdeu a legitimidade para continuar dirigindo o país. E concordamos também com a União Africana, que defende um processo democrático de transição.”
A ideia de que Kadhafi se exile para acabar com os combates pairou nessa reunião, mesmo que, para a oposição Líbia a única opção válida seja a de que o ditador termine sentado no banco dos réus.
De qualquer modo, se Kadhafi aceitar o exílio, não tem grande leque de possibilidades.
De qualquer modo, se Kadhafi aceitar o exílio, não tem grande leque de possibilidades.
Falou-se da Venezuela e do amigo Hugo Chávez, com quem partilha um antiamericanismo primário. Mas Chávez não está atualmente, em posição de força no seu próprio país.
Também há a opção africana, embora a Kadhafi tenha poucos amigos no continente e se tenha intitulado Rei dos Reis de África.
Mugabe, no Zimbabué parece estar inclinado a acolhê-lo, mas também não está descartado outros países como Sudão ou Uganda.
Arábia Saudita, onde se refugiou Ben Ali, não parece uma opção crível.
O exílio imediato teria a vantagem de parar os combates, mas o coronel está consciente de que também ficaria à mercê da justiça internacional.
Na Líbia, praticamente já ninguém acha que Kadhafi aceite essa opção. A hipótese de que opte por levar os combates até à última consequência parece ser a sua opção. (com euronews)
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