segunda-feira, 27 de junho de 2011

O nosso crescimento não é sustentável

Quem tem olhos para ver a realidade brasileira, não se ilude com o crescimento do país, porque são muitos ainda os gargalos a serem vencidos, para que o Brasil possa vir a ter um crescimento sustentável. Senão vejamos: seis meses praticamente se passaram do governo de Dilma Rousseff e tudo continua na mesma: estradas, portos, ferrovias e aeroportos precários, taxas de juros elevadíssimos, falta de mão de obra qualificada, carga tributária pesada e injusta e baixos investimentos em infraestrutura.

Que crescimento é esse, que nem bem começou ou se equipara aos países com menores índices de crescimento, e já se ressente da falta de mão de obra qualificada e especializada para atender a demanda? Até quando o Brasil vai poder conviver com uma taxa de juros tão escandalosa como essa que nós temos que atrai  capital especulativo, que só permanece no país, enquanto os juros permanecerem atrativos? A carga tributária pesada, imposta a quem produz, desestimula qualquer negócio, porque ela encarece o produto, ao ponto de torná-lo inviável, até mesmo no mercado interno.

Outro gargalo, para o qual o país precisa se preparar - é quanto ao subsídio ou barateamento do principal insumo para quem quer produzir: a energia elétrica. A privatização do setor elétrico até agora não contribuiu para o nosso crescimento econômico, porque o consumidor brasileiro paga a energia mais cara do planeta, se compararmos as potencialidades brasileiras em termos de recursos hídricos.

O Brasil sem priorizar o ensino profissionalizante, desde o mais simples (para a construção civil) até o mais sofisticado (para executar serviços que usa alta tecnologia), não está se preparando para o crescimento.

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