sexta-feira, 8 de julho de 2011

Nós somos todos iguais nesta noite II

Se insisto em criticar os homens públicos brasileiros, é mais por esporte, porque no meu íntimo existe a profunda convicção de que nós os brasileiros somos todos um povo de natureza ruim, feitos de uma mesma matéria primordial, e para piorar ainda mais a nossa natureza e condição, também somos frutos de uma miscigenação, de um mistura de raças, que nos forjou um caráter ambíguo.

É que o mesmo espírito que move o político brasileiro move os nossos magistrados, que com raras exceções, agem conforme as suas consciências e interesses próprios, do que baseado no espírito da lei e numa conduta moral reta e altruística. Porque como explicar, uma decisão de um juiz de primeira instância ser anulada por um juiz de segundo grau? Se a anulação fosse pelo menos de um colegiado, até que se compreenderia.

O povo brasileiro tem uma natureza venal, e isso vale para todos nós, sem nenhuma exceção. Diante de triste constatação, o que nos resta fazer para mudarmos o caráter do povo brasileiro? Isso ainda é humanamente impossível, só nos resta torcer para que a ciência médica evolua mais um pouco e que essa evolução permita a essa área da ciência, poder alterar geneticamente o brasileiro, ainda na sua embrionária. 

Mais o que existe de mais grave no caráter do brasileiro, é a sua satisfação em vangloriar-se de ser um sujeito esperto, capaz de passar a perna no outro brasileiro, sem a menor sem cerimônia. 

No Brasil para institucionalizar a bandalheira, só mesmo se criar medalhas de honra ao mérito aos maiores bandidos, a todos aqueles que conseguiram ser dar bem na vida, usando como instrumento de luta, a malandragem, a esperteza e a desfaçatez. 

Homens como Antonio Palocci, Alfredo Nascimento, logo estarão reabilitados perante a opinião pública e sendo eleitos para o Senado ou a Câmara Federal.

Agora o que fazer, se a nossa natureza é ruim. Quem me garante que se eu estivesse no lugar desses dois senhores, citado acima, não faria o mesmo? Eu mesmo tenho dúvida com relação ao meu caráter. Afinal de contas eu também sou um brasileiro, contra a minha vontade, mas sou.

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