quinta-feira, 14 de julho de 2011

O PSD de Kassab está a meio caminho de um fracasso

Para transformar seu projeto de partido numa legenda de fato, Gilberto Kassab precisa de 490 mil assinaturas de eleitores de pelo menos nove Estados.

Hoje, a despeito das versões em contrário, dispõe de menos da metade. Desprezada pelo prefeito, a cúpula do DEM saboreia o percalço.

Mas a turma de Kassab exala otimismo. Porta-se como o estatístico que vê uma população meio morta de fome como uma população meio alimentada.

É a velha teoria do copo. Estar meio cheio ou meio vazio depende apenas do ponto de vista.
Vão abaixo duas notas veiculadas na seção Painel, da Folha. Lendo-as, entende-se melhor a natureza da encrenca:

- Corrida do milhão: Vinte e quatro dias depois de Gilberto Kassab anunciar a coletade 1,2 milhão de assinaturas de apoio à criação do seu PSD, até ontem somente 238 mil teriam sido certificadas pelos cartórios do país.

O número representa menos da metade das 490 mil exigidas pela lei. Se não conseguir aval do TSE até 7 de outubro, o novo partido fica de fora das eleições de 2012. 

O ex-deputado Saulo Queiroz afirma, contudo, que a expectativa é atingir o piso mínimo de assinaturas válidas no dia 22. Com isso, espera obter o registro até 10 de setembro. 

Junte-se aos entraves cartoriais a "guerra jurídica" -por ora restrita ao campo das ameaças- prometida pelos adversários, DEM à frente, para tentar melar os planos do prefeito paulistano
- Bússola: Seguindo a definição de não ser "de direita, esquerda ou centro", a bancada do PSD na Câmara vai liberar o voto de seus 45 componentes. 

"Não faz sentido todos numa só direção", diz o recém-indicado líder Guilherme Campos (SP). (do blog do Josias de Souza) 

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