sábado, 2 de julho de 2011

Político bom é político morto ou dormindo


Político é político morto ou dormindo. No Brasil, basta morrer para o político virar santo

Parafraseando Luiz Carlos Alborghetti, autor de vários bordões, inclusive o que diz que “bandido bom é bandido morto”, digo que político bom é político morto, porque em nosso país, não existe nenhum homem público do qual nós brasileiros possamos nos orgulhar. É que nenhum deles resiste a uma investigação rigorosa e em profundidade, capaz de penetrar no que de mais intimo e pessoal existe na vida do investigado.
 
O ex-presidente da república Itamar Franco, acaba de falecer e já existe um número imenso de seus confrades preparando discursos para exaltar a figura do morto. É óbvio que esse político mineiro, nascido na Bahia, tem algumas qualidades, como todo mundo tem, mas no Brasil não existe nenhum político que mereça ser canonizado pelo que fez como homem público, por uma vida reta, com envergadura moral e incorruptível.  É tudo farinha do mesmo saco, com uma mesma natureza e matéria primordial.

Só se orgulha do político brasileiro, a sua própria família ou amigos próximos, que via de regra, são beneficiados pela sua ação. Exceto esses, ninguém mais em sã consciência tem a coragem de em publico exaltar a figura desse ou daquele político. 
 
Mas o espírito romântico do brasileiro faz com que esqueçamos diante da morte do indigitado, o seu passado nada recomendável, e nas cerimônias ele vai ser motivo de discursos elogiáveis, inflamado, até por quem no passado lhe apupou como um esmerado corrupto.
 
A natureza romântica da nossa gente faz com que ela esqueça o passado do morto, e o transforme em pessoa de bem, mesmo quando se trata de pessoas sabidamente do mal.
 
Alguém duvida que após morte de Fernandinho Beira Mar, muita gente boa irá chorar sobre seu caixão? Eu não! 
 
A hipocrisia do brasileiro faz com que nem ele mesmo se leve a sério. No Brasil basta o sujeito morrer, para ser transformado em herói, pessoa digna e acima de qualquer suspeita.
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