O político corrupto é muito mais perigoso do que o criminoso comum, porque o político corrupto mata no atacado, enquanto que o criminoso comum mata no varejo. Quantas crianças morrem no Brasil, por falta de hospitais e medicamentos, porque os recursos destinados para construí-los e adquirir medicamentos foram desviados pelos dutos da corrupção? Uma soma que não cabe numa calculadora.
Falar mal do político brasileiro perdeu completamente a graça, nem mesmo o jornalista José Simão, colunista do jornal Folha de S. Paulo, com o seu humor ferino e inteligente, não consegue mais me fazer-me rir ou indignar-me com a classe política brasileira. É que são tantos os escândalos e o envolvimento de políticos com falcatruas, que a bandalheira protagonizada pelos nossos políticos, acabou, até por sacrificar o nosso tão decantado bom humor.
Acabo de me deparar com uma matéria num blog dos mais acessados em todo o país, onde a principal notícia se refere ao ex-governador do estado de Roraima, Neudo Campos (PP), que figura como réu em 197 processos, todos por corrupção. Neudo Campos é réu em 45 ações no Tribunal Regional Federal (1ª), 52 no Tribunal Superior Eleitoral e 59 no Superior Tribunal de Justiça. Assim como esse ex-governador, o Congresso Nacional tem mais político processado do que no município de Marajá do Sena, no estado do Maranhão.
Se no Brasil, o mau exemplo vem do andar de cima, ocupado por gente granfina, com bom nível de escolaridade, pertencente à nata da sociedade brasileira, o que se pode esperar daqueles que nunca tiveram uma oportunidade na vida, sempre pertenceram ao mundo dos decaídos, dos excluídos e dos marginalizados? O que se vê nas superlotações dos presídios.
E pasmem! A justiça não consegue colocar esse político brasileiro, para ver o sol nascer quadrado.
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