A presidenta da república Federativa do Brasil,
Dilma Rousseff ao discursar pela primeira vez na Assembléia Geral da ONU, fará
um discurso voltado para o consumo externo, ou seja, feito com um só objetivo:
vender uma boa imagem do seu país. Um papel que lhe cabe, como principal
representante do povo brasileiro.
Mas ocorre, que esse seu discurso não reflete a
realidade do país, sobretudo, quando se trata da onda moralizadora, que o seu
governo tenta imprimir, o que de fato não está sendo feito, porque as medidas
adotadas pela presidenta da república foram medidas de rotinas, tomadas pelo
seu governo, mas devido à forte pressão exercida pela imprensa e pelo povo
brasileiro que começa a tomar contadas ruas, protestando contra os sucessivos
escândalos que vem abalando as estruturas de um governo, que num curto espaço
de tem político (nove meses), já foi obrigado a demitir quatro dos seus ministros.
Essa imagem do Brasil que Dilma Rousseff vai tentar
vender no exterior, definitivamente não existe, uma vez que a realidade brasileira
é de um país que vive mergulhado numa epidemia de corrupção e numa violência endêmica.
Um país que sobrevive da venda de commodities, que assiste
através do programa Bolsa família que atinge quase 15 milhões de famílias, famílias
que tem em média três membros, que multiplicado pelo total de famílias,
equivale a 45 milhões de almas, de um país cuja população é de 190 milhões de
brasileiros. Esses dados são suficientes para desmitificar e negar esse
extraordinário progresso experimentado pelo Brasil, que o excesso de propaganda
governamental vende ao país.
Se esses dados não forem suficientes para explicar o
país real, eu acrescento mais alguns dados: o fracasso da nossa educação e da
saúde pública. O estrangeiro que vem ao Brasil, e não fica preso nas ilhas de
prosperidades, que existem e, resolve se aventurar pelos grotões e o Brasil
profundo, se conseguir escapar com vida, pode melhor do que ninguém, revelar ao
mundo, a verdadeira realidade brasileira.
Certo economista cunhou uma palavra lapidar: a palavra
Belíndia. Em 1974, o economista Edmar Bacha cunhou essa expressão para definir
o que seria a distribuição de renda no Brasil, à época (uma mistura entre uma
pequena e rica Bélgica e uma imensa e pobre Índia), o economista ainda pensa ser
válida a expressão para definir a distribuição de riquezas no país hoje. E ao
que parece segundo dados apurados pelo IBGE, infelizmente é exatamente o que
podemos constatar.
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