terça-feira, 25 de outubro de 2011

A violência contra a mulher no Brasil se transformou num esporte

A mulher brasileira sempre foi tratada como saco de pancada. O marido, o noivo, o namorado e o amante, sempre tratam as mulheres como uma coisa qualquer, que não merece respeito e muito menos consideração.


No Brasil se mata e maltrata mulher, como nas touradas, um esporte cruel, brutal e desumano, muito apreciado na Espanha e no México. Nesses dois países, os touros são criados e bem alimentados para serem maltratados e depois mortos pelos toureiros nas arenas.

Na crônica policial brasileira existe um farto material dando conta de crimes violentos praticados contra  mulheres indefesas de todas as estratificações sociais, por homens de todas as classes sociais, que mesmo identificados e até presos, permaneceram entre as grades por muito pouco tempo. É óbvio que eu estou me referindo aos ricos. Cadeia no Brasil só existe para negro, pobre e puta.   

Começo citando a morte da jovem Aída Curi. O caso Aída Curi refere-se à morte de Aída Jacob Curi, de 18 anos, ocorrido em dia 14 de julho de 1958 no bairro de Copacabana no Rio de janeiro. Aída foi levada à força por Ronaldo Castro e Cássio Murilo ao topo do Edifício Rio Nobre, na Avenida Atlântica onde os dois rapazes, foram ajudados pelo porteiro Antônio Sousa, a abusar sexualmente da jovem. De acordo com a perícia ela foi submetida à pelo menos trinta minutos de tortura e luta intensa contra os três agressores, até vir a desmaiar. Para encobrir o crime os agressores atiraram a jovem do terraço no décimo segundo andar do prédio tentando simular um suicídio. Aída faleceu em função da queda.

O segundo caso refere-se à morte de Dana de Teffé. De origem judaica, Dana de Teffé teria passado por vários países antes de aportar no Brasil em 1951. Ao se casar com o embaixador brasileiro Manuel de Teffé Von Hoonholtz, descendente do Barão de Teffé e  tornou-se riquíssima. Com o marido, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1951. Após a separação do casal, Dana, que continuou a usar o nome de casada, contratou o advogado Leopoldo Heitor de Andrade Mendes para cuidar de seus interesses financeiros. Supostamente, ambos mantinham uma relação amorosa e, segundo Muniz Sodré, Leopoldo Heitor, munido de uma falsa procuração, ter-se-ia apossado dos bens de sua cliente. Durante uma viagem pela Via Dutra, em companhia de Leopoldo Heitor, Dana de Teffé desapareceu. O advogado foi preso, julgado e condenado por assassinato. Ele alegava que ambos tinham sido assaltados e que Dana fora seqüestrada. Leopoldo conseguiu fugir da prisão, e somente anos mais tarde foi recapturado. A condenação do primeiro julgamento foi anulada e, num segundo julgamento, ele obteve absolvição. O motivo parece ter sido a falta do corpo. De fato, o corpo de Dana nunca foi encontrado.

Outro crime de dimensão nacional, foi à morte de Ângela Maria Fernandes Diniz, nascida em Belo Horizonte (1944), Búzios e assassinada em 30 de Dezembro de1976. Ângela Diniz foi uma socialite brasileira da década de 70, assassinada em uma casa na Praia dos Ossos, Armação de Búzios no estado do Rio de Janeiro pelo seu companheiro Doca Street.

Eu poderia citar aqui também o assassinato de Claudia Lessin Rodrigues, de Sandra Gomide e da menina Aracelli, morta num bacanal em Vitória (ES), regado a drogas e segundo dizem, a sexo. A história da menina Aracelli foi transformada no livro Aracelli,Meu Amor de autoria do escritor maranhense José Louzeiro e depois transformada no filme Aracelli Meu Amor.

Mesmo com a lei Maria da Penha e a criação da delegacia da mulher, a violência praticada contra a mulher no Brasil, ao invés de diminuir, ao meu sentir, parece que vem recrudescendo muito, em função da impunidade. É que as leis brasileiras são frouxas.      

PODBRE BRASIL!

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