O que me incomoda bastante no comportamento dos petistas, é a dissimulação, a sem cerimônia e o mau caratismo. É que mesmo o governo petista estando mergulhado num mar de lama, como acontecia nos governos Vargas, mesmo assim, os petistas ainda têm a desfaçatez de querer se julgar pessoas éticas e de moral inatacável.
O governo da presidenta Dilma Rousseff, se fosse num
país sério, já teria sido deposto, porque não se admite que um governo que se
considera incorruptível, seja obrigado a forçar a demissão de seis dos seus ministros,
num espaço de menos de ano.
Na realidade, nenhum dos ministérios desse atual
governo, resiste a uma investigação rigorosa e criteriosa, porque ele está
totalmente contaminado, pelos vícios herdados do governo anterior, cujo presidente
impôs a Dilma Rousseff, os seis ministros que pediram demissão.
O lançamento
do livro Privataria Tucana, de autoria do jornalista Amauri Ribeiro Júnior, é
uma tentativa desesperada dos petistas, que querem colocar todos os partidos na
mesma cesta da corrupção.
Se existiram maracutaias nas privatizações realizadas
pelo governo FHC, o que não podemos descartar, partindo-se do principio de que
na política brasileira não existe santo, Lula deveria ter mandado fazer uma
auditoria. Mas a pergunta que não quer calar: é porque, só agora, já passado quase
nove anos de sucessivos governos petistas, é que esse jornalista resolveu escrever
um livro, sobre as privatizações feitas pelo governo tucano?
Se Lula tivesse algum interesse em investigar ou
suspeitasse da lisura das privatizações tucanas, ele teria começado pela
Companhia Energética do Maranhão (CEMAR), que foi vendida para o grupo Pensilvânia Power Light, que acabou desistindo
do negócio, e a Cemar foi dada de presente para o grupo Garantia Investimentos
(Grupo GP), que hoje ainda controla essa empresa.
No caso da Cemar, o governo Lula não se dignou
sequer, receber os dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas
do Maranhão (STIU-MA), para ouvir as razões desse sindicato que exigia o fim da
privatização, uma vez que com a desistência do comprador, a privatização seria
anulada.
O Brasil não conhece nenhuma empresa do setor elétrico,
energético ou de mineração privatizada por Fernando Henrique Cardoso, que tenha
sido submetida a uma auditoria pelos governos e Lula e Dilma.
Só num país pouco ou nada sério, onde a corrupção
corre solta, a começar pelo primeiro escalão do governo federal, é que o chefe
do Poder Executivo a cada rodada de pesquisa, a sua aprovação aumenta.
Como dizia o general francês Charles de Gaulle, "o Brasil não
é um país a sério". Sendo dele ou não essa frase, o que não se
pode negar, é que ela encerra uma verdade absoluta.
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