sábado, 17 de dezembro de 2011

Nunca o Brasil tinha passado por tantos escândalos



O que me incomoda bastante no comportamento dos petistas, é a dissimulação, a sem cerimônia e o mau caratismo. É que mesmo o governo petista estando mergulhado num mar de lama, como acontecia nos governos Vargas, mesmo assim, os petistas ainda têm a desfaçatez de querer se julgar pessoas éticas e de moral inatacável.    

O governo da presidenta Dilma Rousseff, se fosse num país sério, já teria sido deposto, porque não se admite que um governo que se considera incorruptível, seja obrigado a forçar a demissão de seis dos seus ministros, num espaço de menos de ano.

Na realidade, nenhum dos ministérios desse atual governo, resiste a uma investigação rigorosa e criteriosa, porque ele está totalmente contaminado, pelos vícios herdados do governo anterior, cujo presidente impôs a Dilma Rousseff, os seis ministros que pediram demissão.

O lançamento do livro Privataria Tucana, de autoria do jornalista Amauri Ribeiro Júnior, é uma tentativa desesperada dos petistas, que querem colocar todos os partidos na mesma cesta da corrupção.

Se existiram maracutaias nas privatizações realizadas pelo governo FHC, o que não podemos descartar, partindo-se do principio de que na política brasileira não existe santo, Lula deveria ter mandado fazer uma auditoria. Mas a pergunta que não quer calar: é porque, só agora, já passado quase nove anos de sucessivos governos petistas, é que esse jornalista resolveu escrever um livro, sobre as privatizações feitas pelo governo tucano?

Se Lula tivesse algum interesse em investigar ou suspeitasse da lisura das privatizações tucanas, ele teria começado pela Companhia Energética do Maranhão (CEMAR), que foi vendida para o grupo Pensilvânia Power Light, que acabou desistindo do negócio, e a Cemar foi dada de presente para o grupo Garantia Investimentos (Grupo GP), que hoje ainda controla essa empresa.  

No caso da Cemar, o governo Lula não se dignou sequer, receber os dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Maranhão (STIU-MA), para ouvir as razões desse sindicato que exigia o fim da privatização, uma vez que com a desistência do comprador, a privatização seria anulada.  

O Brasil não conhece nenhuma empresa do setor elétrico, energético ou de mineração privatizada por Fernando Henrique Cardoso, que tenha sido submetida a uma auditoria pelos governos e Lula e Dilma.

Só num país pouco ou nada sério, onde a corrupção corre solta, a começar pelo primeiro escalão do governo federal, é que o chefe do Poder Executivo a cada rodada de pesquisa, a sua aprovação aumenta.  

Como dizia o general francês Charles de Gaulle, "o Brasil não é um país a sério". Sendo dele ou não essa frase, o que não se pode negar, é que ela encerra uma verdade absoluta. 

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