Quando o setor industrial perde importância econômica,
é porque alguém está produzindo o que consumimos. Essa afirmação contraria a
opinião do economista Paul Singer, secretário nacional de Economia Solidária do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que acaba de afirmar que a indústria no
Brasil perdeu importância, mas que falar em processo de desindustrialização é um
exagero.
A Vulcabras
acaba de fechar seis fábricas na Bahia, porque essa empresa vem acumulando prejuízos,
que na opinião da sua diretoria é devido à competição com produtos importados
da China e Índia. Logo depois de anunciar o fechamento dessas indústrias na região
Nordeste, a Vulcabras anunciou que vai começar a produzir na Índia, por meio de
um contrato de arrendamento.
É inegável
que o processo de desindustrialização avança celeremente no Brasil, porque o
governo brasileiro escancarou o nosso mercado para os produtos Made In China e Made In Índia, países
onde o custo da produção é infinitamente inferior ao custo de produção da
indústria nacional, porque um trabalhador nesses dois países menos qualificado
ganha um dólar por dia e ainda sem encargos sociais para as empresas.
E a tendência
é que esse processo de desindustrialização continue aumentando, porque esses
dois países impõem ao Brasil, como condição para comprar as nossas commodities,
uma abertura cada vez maior do nosso mercado para os seus produtos.
Parte da
crise do desemprego nos EUA é atribuída à desoneração da produção e os baixos
salários pagos aos trabalhadores chineses e indianos, o que levou muitas
empresas norte-americanas a migrarem para esses dois países. Tomemos por
exemplo, o serviço de Call Center nos
EUA, onde parte significativa desse tipo de serviço dele é operado a partir da
Índia, cuja população fala fluentemente o inglês, o que funciona como mais um
atrativo para os empresários que visam muito mais o lucro do que os interesses
do país de origem do capital.
Se nada for
feito no sentido de barrar essa enxurrada de produtos chineses e indianos que
estão dominando o nosso comércio, o desemprego vai acabar produzindo um estrago
monumental na economia brasileira.
E para
infelicidade do povo brasileiro, os chineses estão comprando grandes extensões
de terra, o que no futuro poderá ameaçar a soberania nacional. Ocorre que com a
compra de terras, de indústrias e a forte presença de chineses no comércio, vem
parte da população excedente ou da superpopulação desse país oriental. Pois é
ai que reside o perigo.
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