Há 17 anos o PSDB governa o
estado de São Paulo, quase que ininterruptamente. Desde 1995 quando Mário Covas
se elegeu governador que os tucanos estão no poder, nesse que é o mais importante
Estado brasileiro. E a capital desse Estado já deu dois mandatos de prefeito ao
tucano José Serra.
O estado de São Paulo, mesmo o
Partido dos Trabalhadores (PT) já tendo elegido três vezes o presidente da
república sucessivamente, resiste bravamente ao poder de um partido que nasceu no
próprio Estado. O comportamento do eleitor paulista e paulistano anda dando um
nó na cabeça de cientistas políticos, dos pesquisadores do IBOPE, do Data Folha
e de jornalistas que cobrem a área de política, que não conseguem entender a
resistência dos paulistas ao PT.
A primeira explicação que me vem logo
à cabeça ao pensar sobre esse fenômeno que acontece no estado de São Paulo é o
fato de esse Estado ser o mais rico, o mais desenvolvido e industrializado
estado brasileiro, o que permite aos cidadãos que residem nesse pedaço do
Brasil, serem menos dependentes dos programas sociais do governo federal, que
são via de regra programas de natureza assistencialista, clientelista e paternalista.
Esse modo de comportar-se do
eleitor paulista, não acolhendo o PT como os seus militantes gostariam, talvez
explique a diferença abissal que existe a separar os que residem em São Paulo,
do resto do país.
O ex-presidente da república Luís
Inácio Lula da Silva, está jogando a sua última cartada na cidade de São Paulo,
usando de todos os meios e recursos para impor a candidatura de um ex-ministro
seu, como quem aposta na vitória de Fernando Haddad, como que para salvar a sua
honra ultrajada. Mas mais uma derrota de Lula em São Paulo reforçará ainda mais
a tese de que se o PT ainda permanece no poder - é graças ao assistencialismo,
ao clientelismo e ao paternalismo de programas como o Bolsa Família.
A provável entrada de José Serra
na disputa pela prefeitura de São Paulo anda tirando o sono de Lula, que já
andou fazendo gestões junto ao vice-presidente da república, o peemedebista
Michel Temer, que vê nessa eleição uma oportunidade única de enfraquecer o PT,
sobretudo, em São Paulo.
Acredite, Lula anda correndo
atrás de Gilberto Kassab, que já afirmou em alto e bom tom que se José Serra
for o candidato do PSDB a prefeitura de São Paulo receberá o seu apoio.
Em Tempo:
Os paulistas já elegeram Mario
Covas duas vezes governador, Geraldo Alckmin três vezes e José Serra, uma vez.
Sucessivamente.
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