segunda-feira, 30 de julho de 2012

Joaquim Barbosa: um ministro que tem se revelado independente

Todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) nomeados pelo ex-presidente da república Luís Inácio Lula da Silva, com exceção do ministro Joaquim Barbosa, o único negro dos 11 ministros que formam essa Suprema Corte, estão sob suspeita do povo brasileiro para julgarem os mensaleiros, porque os outros têm demonstrado gratidão, em termos de cordialidade para quem lhes alçou a um posto tão importante na sociedade brasileira.

Por que o ministro Joaquim Barbosa é a exceção? É que ele tem plena consciência de que só foi nomeado ministro do STF, embora seja dotado das qualidades necessárias para integrar esse poder, para quem o nomeou ser visto pela sociedade brasileira, com uma pessoa magnânima e o primeiro presidente da república a nomear um negro ministro do STF, assim como fez o ex-presidente da república Fernando Henrique Cardoso, ao nomear a primeira mulher para a Suprema Corte do Brasil, a ministra Ellen Gracie Northfleet.

O ministro Joaquim Barbosa já negou um pedido do advogado Márcio Thomaz Bastos que pediu o desmembramento dos autos do processo contra o seu constituinte Jose Roberto Salgado, executivo do Banco Rural. O Banco Rural e BMG que emprestaram cerca de R$ 8 milhões ao PT. O partido diz que esse dinheiro não foi usado para comprar parlamentares.  

O ministro Dias Toffoli, um ex-funcionário do governo Lula e ex-funcionário do Partido dos Trabalhadores, cuja esposa funcionou como advogada de um dos mensaleiros se tiver bom senso, deve se julgar impedido de participar desse julgamento.

Esse critério de escolha de ministros do STJ, STF, desembargadores federais e estaduais, deve ser revisto, para que não pese contra nenhum dos escolhidos a suspeita de que no momento como esse que do julgamento do mensalão, que se aproxima, alguns ministros possam julgar com base em critérios políticos e que venham a ser gratos a quem lhe prestou um grande favor.

Em tempo: o presidente do Superior Tribunal Federal (STF), o sergipano Carlos Ayres Britto dependendo do resultado do julgamento dos mensaleiros, poderá entrar para história deste país, como o presidente de um poder que contribuiu decisivamente para acabar com a pecha de o Brasil ser visto como o paraíso da impunidade, da imoralidade e da falta de escrúpulo das autoridades.

Não sei qual vai ser o comportamento da ministra Rosa Weber, uma ministra da cota da presidenta Dilma Rousseff nesse julgamento, mas pela maneira como ela vem se conduzindo, tudo leva a crer que ela julgará os mensaleiros de modo a livrar o Brasil de uma gente sem nenhum tipo de pudor. 

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