quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Luiz Antônio disse na CPMI algumas verdades incomodas

O depoimento do ex-diretor do DNIT Luíz Antônio Pagot, não foi o que a imprensa esperava, mas não decepcionou de todo, porque ele assumiu pubicamente que agendou encontro com mais de uma dezena de empresários para tratar da arrecadação de dinheiro, para a campanha da então candidata a presidência da república, Dilma Rousseff.

Luiz pagot falou de dois jantares na residência do ex-senador Demóstenes Torres, segundo que o primeiro foi para falar de pescaria e vinhos e o segundo, para tratar da liberação de obras para a Delta Construções do empresário pernambucano Fernando Cavendish, que se fez presente ao segundo jantar promovido pelo ex-senador goiano, acompanhado pelo staff da sua empresa.

O ex-diretor do DNIT Luiz Antônio Pagot, nesse seu depoimento prestado a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga os malfeitos do empresário e banqueiro do jogo do bicho Carlinhos Cachoeira e a sua relação com parlamentares, governadores e gestores públicos no dia de ontem (28/08), livrou a cara do empresário Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto ligado aos tucanos, das acusações a ele imputadas de uso de dinheiro púbico para financiar campanhas de candidatos do PSDB no estado de São Paulo.

Depois desse depoimento não resta mais a menor duvida de que a Delta Construções atua em todo país prestando serviços aos governos federal e estadual. Com a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico dessa empresa, essa relação, que os membros dessa CPMI consideram promiscua ficará mais evidenciada.

Fazendo justiça: o senhor Luiz Antônio Pagot durante todo o tempo que durou o seu depoimento na CPMI se mostrou uma pessoa tranqüila e muito segura. Às vezes eu cheguei a pensar que ele não passa de um bode expiatório, alguém que foi usado para melhorar a imagem do governo. Essa minha impressão não é de toda descabida, porque ele mesmo disse, que o órgão que ele comandava só decidia a partir de um consenso de um colegiado, depois do procurador do DNIT ser ouvido e o TCU dá o seu aval. O que significa dizer, que ele não agia sozinho e que acima dele tinha muita gente como poder de decisão.

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