sábado, 12 de janeiro de 2013

El Pais destaca papel estratégico do Presidente Sarney na vida política brasileira

O espanhol El Pais, um dos dez maiores periódicos do mundo, com tiragem em todos os continentes, inclusive no Brasil, repercutiu nesta terça-feira (7), a entrevista que o presidente do Senado, José Sarney, concedeu ao jornalista Fernando Rodrigues da  Folha de São Paulo, no fim do ano passado. O diário espanhol destacou o papel estratégico que Sarney desempenhou, ao longo de 54 anos de vida pública, para o desenvolvimento do Brasil, classificando-o como “um monumento nacional”.

Segundo o El País, o presidente do Senado antecipou algumas passagens que estarão disponíveis em seu livro de memórias. Numa delas, Sarney conta que recebeu o ex-presidente Lula por três vezes em sua casa e que decidiu então apoiá-lo, na sua quarta tentativa em se tornar presidente da República, quando logrou êxito.
O diário também ressaltou a afirmação de Sarney de que ex-presidentes da República não deveriam  voltar a disputar eleições, porque  estariam expostos “ao tiroteio da guerra cruel que  é a política”. Sarney explica que sua declaração não tem qualquer relação com uma eventual nova candidatura do presidente Lula: “Eu não dou conselhos pessoais”, diz ele.
O periódico ressalta que, para Sarney, o Congresso Nacional foi profundamente prejudicado pelo excesso de medidas provisórias. “O Congresso precisa recuperar sua função legislativa”, disse. Sarney também chama a atenção para a necessidade de uma reforma política no país. “Há 54 anos, tem se falado nisso, mas aparentemente, ninguém quer”, afirmou.
A entrevista de Sarney à Folha de S. Paulo também gerou comentários positivos do ex-ministro da Justiça, Paulo Brossard. Em artigo publicado pelo jornal Zero Hora, o jurista considerou ser oportuna a discussão do papel do Legislativo e do Executivo, a partir da opinião do presidente Sarney de que o Brasil só avançará institucionalmente quando passar do sistema presidencialista para o parlamentarista: “Quase desnecessário dizer que, a meu juízo, a assertiva é oportuna e sábia”, disse Brossard. By 

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