Empresa de energia pede para a Aneel o
adiamento por três meses de usinas térmicas; atraso pode influenciar
planejamento do governo para amenizar situação dos reservatórios
A MPX
Energia, empresa de geração de energia elétrica de Eike Batista, solicitou à
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o adiamento para abril deste ano
do início da operação comercial de duas de suas usinas termelétricas, as de
Maranhão IV e V, no Complexo Parnaíba.
Pelos contratos, ambas deveriam
começar a gerar energia em janeiro. Essas usinas têm, cada uma, capacidade para
gerar cerca de 337,6 megawatts (MW).
Do ponto de vista do planejamento do
setor elétrico, a Aneel já esperava que Maranhão V entraria em operação apenas
em abril, conforme consta no relatório de acompanhamento da geração de
dezembro, elaborado pela área técnica da agência e disponível no site do órgão
regulador.
Mas o mesmo documento da Aneel,
porém, contava com o início da operação comercial de Maranhão IV em fevereiro,
apenas um mês depois do prazo contratual.
Com o pedido oficial para o
adiamento, o atraso pode influenciar as expectativas do governo de entrada de
novas termelétricas para amenizar a situação crítica dos reservatórios das
hidrelétricas, que iniciaram o ano no menor nível em um década.
A solicitação será discutida na
próxima reunião de diretoria da Aneel, na segunda-feira.
No pedido encaminhado à Aneel, os
empreendedores alegam que houve atraso na emissão dos atos autorizativos de
outorgas da usina. (com Reuters)
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