terça-feira, 22 de janeiro de 2013

“Que país é este?”

“Uma coisa é um país, outra coisa é um ajuntamento” (Afonso Romano de Sant`anna)

No poema Que País é Este, o poeta mineiro Afonso Romano de Sant`anna revela toda a sua perplexidade, para com um país, que apesar de ter mais de 500 anos de existência, ainda vive de improviso e do famoso e peculiar jeitinho brasileiro, que permite aos seus filhos ir se virando e driblando as vicissitudes de uma vida marcada sempre por começos e re-começos. Um país que em vez de andar para frente, em determinado momentos nos apercebemos de que anda para trás como caranguejo. Um país que continua patinando num lodaçal da imoralidade, da sem cerimônia e da desfaçatez. Um país que se diz do futuro. Só que esse futuro nunca chega. O Brasil nunca foi um país na verdadeira acepção da palavra, quando muito, um ajuntamento de pessoas sem objetivos comuns, com cada uma delas, sobrevivendo a sua maneira e levando a vida sem perspectivas de dias melhores e sem projetos de vida que lhes permita driblar o determinismo histórico. O Brasil e os brasileiros andam em círculos e assistindo a sucessão de fatos que remetem aos seus primórdios. As eleições das duas casas do Congresso Nacional que acontecem no mês de fevereiro são exemplos das repetições de fatos. (Tomazia Arouche)

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