segunda-feira, 11 de março de 2013

NIcolás Maduro: o Lula venezuelano


Existem semelhanças entre o presidente interino da República Bolivariana da Venezuela Nicolás Maduro e o ex-presidente da república Federativa do Brasil Luís Inácio Lula da Silva? Existem várias: mas, cito apenas duas: o baixo nível de escolaridade e a origem sindical de ambos. Nicolás Maduro é ex-motorista de autocarros e ex-dirigente do sindicado dos metroviários de Caracas e presidente da república. Lula um ex-torneiro mecânico e ex-dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e ex-presidente da república. Com o referendo que está programado para Sr realizado em 14 de abril, para legitimar o mandato de Nicolás Maduro, o novo presidente desse país da America Latina, herdará um país com uma economia a beira do caos, que poderá sofrer um colapso, se nada for feito no sentido de corrigir os erros praticados pelo seu antecessor, que com os seus sucessivos governos populistas comprometeu a economia venezuelana, que hoje depende exclusivamente de um único produto de exportação, o petróleo, para continuar mantendo políticas assistencialistas e clientelistas, que permitiram o surgimento do chavismo. A Venezuela hoje é um Petro-estado.
   
Um colapso da economia venezuelana fatalmente atingirá fortemente o Brasil

Os bons resultados conseguidos pelo Brasil na balança comercial com a Venezuela, sob os governos de Hugo Chávez poderão sofrer um revés, com a mudança de governo nesse país fronteiriço, devido às mudanças que forçosamente deverão ocorrer na economia de um país que desvalorizou sua moeda, o bolívar, em 32% na última sexta-feira, uma decisão já esperada, que irá reforçar as finanças do governo. O impacto dessa desvalorização que já se fez sentir na empresa Colgate-Palmolive com sede nos EUA, que espera sofrer uma perda de 120 milhões de dólares em uma única vez, ou 25 centavos por ação, no primeiro trimestre de 2013, relacionada à desvalorização da moeda venezuelana é um indicativo do que acontecer nesse país nos próximos meses. O Brasil precisa ficar muito atento para não ser surpreendido.     

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